EDUCAÇÃO

Professores denunciam atrasos e falta de transparência e de condições de trabalho

Os atrasos salariais motivaram diversas paralisações de professores desde fevereiro; docentes de IPA, de Porto Alegre, podem paralisar no dia 25 de junho, se salários de maio não forem pagos
Da Redação / Publicado em 12 de junho de 2019
Paralisação do Instituto Educacional Metodista, de Passo Fundo, em 28 de maio

Foto: Lisene Maroso/Divulgação

Paralisação do Instituto Educacional Metodista, de Passo Fundo, em 28 de maio

Foto: Lisene Maroso/Divulgação

Os professores da Rede Metodista no estado vêm manifestando sua insatisfação com o tratamento dispensado pelos dirigentes da instituição, especialmente a falta de clareza e transparência nas comunicações da gestão centralizada em São Paulo. Os docentes têm protestado contra a falta de estrutura e os atrasos salariais que se tornaram recorrentes e cada vez mais extensos. Em maio, foram realizadas assembleias em todas as escolas da rede no RS e já estão marcadas novas assembleias no Centro Universitário Metodista (IPA) e no Colégio Americano (Imec), respectivamente, nos dias 11 e 12 de junho.

Os atrasos salariais motivaram diversas paralisações de professores desde fevereiro.

Em Passo Fundo, os professores decidiram em assembleia promover uma paralisação no dia 28 de maio. As aulas foram suspensas, e todos funcionários, professores e pais passaram o dia se revezando em vigília na frente da escola.

Os professores, trabalhadores técnicos e administrativos do Instituto Educacional Metodista de Passo Fundo publicaram um manifesto no qual denunciam as condições de trabalho e os atrasos salariais à comunidade e reivindicaram soluções por parte da direção.

“Os trabalhadores da instituição vêm amargando frequentes atrasos salariais, que se estendem ao 13º e às férias, além do não recolhimento do FGTS. Nesse tempo, a direção do IE Passo Fundo vem tentando construir com os gestores da Rede Metodista e com os representantes da igreja uma solução para a crise, que não é específica da escola e sim um problema administrativo. A Rede Metodista vem implementando uma gestão temerária, centralizada em São Paulo, que ignora as especificidades do Rio Grande do Sul, e se expressa por medidas acadêmico-administrativas que têm comprometido a empregabilidade dos professores e dos trabalhadores técnicos e administrativos”, diz um trecho do documento.

O diretor da escola alegou que não obteve resposta da direção da Rede Metodista em São Paulo. A direção da unidade ficou sem interlocução depois que um funcionário do setor financeiro foi transferido para Santa Maria.

A direção da rede informou que os salários seriam pagos até o dia 6 de junho em todas as instituições metodistas, tanto no ensino superior quanto na educação básica. Os vencimentos de abril no Imec foram pagos com 12 dias de atraso, em 17 de maio.

Nota do Editor (atualização) – A assembleia de professores do Centro Universitário Metodista (IPA), realizada no final da tarde desta terça-feira, 11, na sede do Sinpro/RS, em Porto Alegre, decidiu pela participação na Greve Geral no dia 14 de junho contra a reforma da Previdência e pela paralisação no dia 25 de junho, caso não esteja pago o salário de maio.

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