EDUCAÇÃO

Começa Campanha Salarial da educação básica e superior

Reajuste nos salários, melhorias nas condições de trabalho e manutenção das demais cláusulas sociais estão entre as principais reivindicações dos professores do ensino privado gaúcho
Por Valeria Ochôa / Publicado em 10 de março de 2020

Foto: Valéria Ochôa/Ascom Sinpro/RS

Foto: Valéria Ochôa/Ascom Sinpro/RS

Até o fechamento desta edição, o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) já tinha realizado a maioria dos 66 encontros da Assembleia Geral regionalizada, agendados para os dias 14 de fevereiro a 7 de março, para a definição das pautas de reivindicações dos professores da educação básica e da educação superior. As negociações com as representações sindicais devem iniciar na primeira quinzena de março.

“Os professores dos dois níveis de ensino acentuaram nos encontros a importância da valorização salarial”,  observa Cecília Farias, diretora do Sinpro/RS. Para a educação básica, 5% de reajuste (a previsão é de que o INPC, historicamente utilizado nas negociações coletivas, fique em torno de 4%) e, para a educação superior, a reposição da inflação.

As deliberações da Assembleia Geral terão por base as contribuições dos professores e a somatória de votos colhidos nos dois segmentos, conforme expresso nas atas de cada encontro. Para a educação básica, além do reajuste, destacam-se a reivindicação por redução da diferença do valor hora-aula da educação infantil e anos iniciais com o valor da hora-aula dos anos finais e a vedação de despedimento de professores no início do ano letivo, período que inviabiliza sua recolocação. Já para a educação superior, piso salarial de R$ 35,7 a hora-aula, indisponibilidade para o trabalho na última semana no recesso de julho também aos professores de tempo integral, parcial e coordenadores de curso e a regulamentação trabalhista do trabalho docente na Educação a Distância (Ead). “A grande preocupação dos professores da educação superior é com a empregabilidade e a regulamentação de todo trabalho docente”, expõe Marcos Fuhr.

Dois temas mais recorrentes e criticados nas reuniões com os professores da educação básica, segundo Cecília, foram a censura das instituições de ensino em relação ao conteúdo publicado pelos professores em suas redes pessoais de relacionamento e o número elevado de provas diferentes para uma mesma aferição do aprendizado para atender aos alunos com deficiência e/ou os que faltaram na data da aplicação. “Há relatos da elaboração de mais cinco tipos de provas de avaliação no mesmo período”, afirma Cecília.

O ensino privado gaúcho conta com cerca de 32 mil professores atuando na educação básica e na educação superior.

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