EDUCAÇÃO

Imagens que contam histórias

Estudiosa da história da fotografia, a professora da UPF, Fabiana Beltrami criou e coordena desde outubro de 2010 o Grupo da Foto, coletivo de fotógrafos profissionais, amadores e aficionados
Por Gilson Camargo / Publicado em 8 de junho de 2020
O coletivo Grupo da Foto popularizou a fotografia em Passo Fundo

Foto: Grupo da Foto/ Divulgação

O coletivo Grupo da Foto popularizou a fotografia em Passo Fundo

Foto: Grupo da Foto/ Divulgação

Toda fotografia contém sentidos, memórias e as histórias de vida de personagens e espaços fotografados, o que talvez explique a afirmação do filósofo e semiólogo Roland Barthes no livro referencial dos fotógrafos, A câmara clara (1980):as imagens são mais vivas que as pessoas”.

“A fotografia tem uma grande importância na vida de todos, porque carrega a memória social e física da cidade”, confirma a jornalista e mestre em História Fabiana Beltrami. Estudiosa da história da fotografia, Fabiana criou e coordena desde outubro de 2010 o Grupo da Foto, coletivo de fotógrafos profissionais, amadores e aficionados por fotografia.

Professora dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Artes Visuais da Universidade de Passo Fundo (UPF), Fabiana atua em projetos de comunicação sensível na área da Saúde junto ao curso de Medicina e coordena pesquisas em fotografia no contexto histórico do Instituto Histórico de Passo Fundo (IHPF). Ela conta que a ideia de reunir aficionados para conversar e praticar fotografia foi uma reação ao excesso de trabalho que vivia na época.

A fotografia é uma filosofia de vida, define a jornalista e mestre em História Fabiana Beltrami

Foto: Grupo da Foto/ Divulgação

A fotografia é uma filosofia de vida, define a jornalista e mestre em
História Fabiana Beltrami

Foto: Grupo da Foto/ Divulgação

O interesse pelo assunto, no entanto, foi atraindo leigos e profissionais e o projeto tomou outros rumos, a ponto de popularizar exposições fotográficas, oficinas de fotografia em escolas da rede pública tanto para alunos quanto para professores, cursos e outras atividades.

“No começo, éramos sete pessoas e a cada encontro mensal iam surgindo mais interessados, falávamos sobre técnicas, trazíamos convidados e saíamos a fotografar. Depois vieram as exposições coletivas, participamos de duas edições da Jornada Nacional de Literatura, feiras do livro locais, sempre realizando oficinas em escolas, para grupos interessados, e exposições em vários espaços, como cafés e até em coletivos urbanos, que até então eram muito restritas ao museu local”, relata.

“O grupo deu um incentivo para a fotografia ser desenvolvida e fazer parte da cultura da cidade nestes dez anos. Tem gente que entrou com 14 anos e acabou se formando e trabalhando com cinema, pessoas de todas as idades e profissões e aqueles que absorvem todo o conhecimento no grupo e depois seguem carreira como fotógrafos profissionais. Todos passam a ver a fotografia de formas diferentes, porque é algo importante na vida de todos. Para mim, é uma filosofia de vida”, conclui.

Comentários