Rede Metodista mantém pendências salariais
Foto: Reprodução/IPA
Os professores das escolas e do Centro Universitário Metodista – IPA, da Rede Metodista, continuam amargando com os reiterados atrasos nos pagamentos dos salários. Atualmente, os docentes têm pendentes os salários de dezembro, 13º e o 1/3 de férias, além de metade dos salários dos meses abril e maio. Até o fechamento desta edição, não havia previsão para o pagamento de junho.
Além das pendências, nos últimos meses a Rede Metodista tem reduzido unilateralmente a carga horária dos professores, em função da pandemia do coronavírus. “Eles alegam que as medidas do governo para manutenção de emprego e renda não podem ser aplicadas aos professores horistas, o que não é real”, explica a professora Margot Andras, diretora do Sinpro/RS.
Os problemas enfrentados pelos professores das escolas metodistas e do Centro Universitário no Rio Grande do Sul não é diferente das demais instituições metodistas no país. Recentemente, o diretor-geral, responsável pela parte jurídica da Rede, Rubens Gonçalves de Barros, pediu demissão por “não compactuar com o que vem acontecendo”.
A professora Margot acentua ainda que a falta de comunicação com a direção metodista tem sido um agravante na situação. “Não há transparência”, observa.
Segundo Margot, o Sinpro/RS tem atuado na defesa dos professores buscando acordos e movendo ações na Justiça do Trabalho contra a Rede Metodista.
PARALISAÇÕES – Em fevereiro e março, os professores do IPA decidiram paralisar devido aos atrasos salariais. Da mesma forma, os docentes do Colégio Americano, em Porto Alegre, pararam e limitaram as ações às atividades pedagógicas.
Em maio, após medidas adotadas pela direção do Americano, consideradas punitivas e intimidatórias pelos docentes, houve nova paralisação. A decisão foi aprovada em Assembleia de Professores em razão da demissão de dois professores e de advertências dadas a sete docentes, sem justificativa, além das pendências salariais.