EDUCAÇÃO

Escolas municipais de Porto Alegre entram em estado de greve contra o retorno das aulas presenciais

A decisão foi uma resposta ao calendário de retorno às atividades presenciais a partir da próxima segunda-feira, 28, apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Jr.
Por César Fraga* / Publicado em 25 de setembro de 2020
Transmitida por plataforma online, a assembleia geral contou com a presença de 752 participantes.

Foto: Reprodução/Simpa/Divulgação

Transmitida por plataforma online, a assembleia geral contou com a presença de 752 participantes.

Foto: Reprodução/Simpa/Divulgação

Em  Assembleia Geral Online do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), realizada na manhã desta sexta-feira, 25, foi aprovado o estado de greve na Educação. Nova assembleia está marcada para a próxima quarta-feira, 30.

A decisão foi uma resposta ao calendário de retorno às atividades presenciais a partir da próxima segunda-feira , 28, apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB). Em nota  à imprensa, o Simpa caracterizou o anúncio do calendário como “irresponsável”.

“Em defesa da vida, em primeiro lugar, Sindicato e educadores pretendem denunciar à população o risco que toda a comunidade escolar corre com o retorno às aulas em plena pandemia e sem condições sanitárias seguras. Além do alto grau de incidência de Covid-19, o Simpa tem apontado que falta um protocolo claro que estabeleça quais medidas sanitárias devem ser tomadas a fim de garantir a segurança de estudantes e professores. Além do que, ainda existem instâncias jurídicas e políticas a serem esgotadas neste processo”, diz o comunicado.

De acordo com o Sindicato, a assembleia geral contou com a presença de 752 participantes durante a transmissão via plataforma online. Também estiveram presentes os parlamentares Fernanda Melchionna, Sofia Cavedon e Alex Fraga.

O Simpa informou também, que a agenda da categoria inclui aproximar o diálogo com a comunidade escolar, fazer ações de mídia denunciando a falta de proteção para o retorno presencial e levar ao Ministério Público (MP) a denúncia de risco à vida. Também será solicitado ao MP testagem em massa para covid-19 a todos alunos e trabalhadores das escolas.

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