EDUCAÇÃO

Professores e funcionários da Rede Metodista fazem protesto nacional

Mobilização foi convocada pelos sindicatos de professores do RS, São Paulo, Minas e RJ, em protesto aos constantes atrasos salariais, descumprimento de direitos e desmonte da estrutura das instituições
Por Edimar Blazina / Publicado em 19 de outubro de 2020

Foto: Reprodução web

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Dia do Basta, realizado durante toda a terça-feira, 22 de setembro, com a paralisação geral das atividades nas instituições que integram a Rede Metodista de ensino, protestou contra os constantes descumprimentos dos direitos trabalhistas.

A mobilização nacional foi convocada pelos Sindicatos de professores do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, juntamente com federações, estudantes e entidades ligadas à educação, em protesto aos constantes atrasos salariais, descumprimento de direitos e desmonte da estrutura das instituições.

Em live nacional, com representantes de professores e funcionários da Rede Metodista em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul,  foram denunciados a falta de diálogo com a direção Metodista e o desmonte de instituições centenárias, que, segundo eles, estão sendo fechadas por má administração em diversos estados do país. As categorias também definiram proposições para garantir os direitos dos trabalhadores.

As categorias reivindicam o respeito aos acordos judiciais firmados, garantia de direitos descumpridos pela Rede, entre outros pontos. No Rio Grande do Sul, integram a Rede o Colégio Americano e o Centro Metodista Universitário (IPA), de Porto Alegre, o Instituto Metodista, de Passo Fundo, o Colégio União, de Uruguaiana e o Colégio Centenário e a Faculdade Metodista Centenário (Fames), de Santa Maria.

“Acompanho este movimento há muito tempo, tudo o que vem acontecendo com os trabalhadores das instituições metodistas que, apesar de terem seus direitos desrespeitados, nunca deixaram de executar seu trabalho com o mesmo empenho”, destacou o presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), Celso Napolitano.

FECHAMENTO DE ESCOLA – No Rio de Janeiro, a mais tradicional escola Metodista, e tida como referência, o Colégio Metodista Bennett anunciou seu fechamento na mesma data do Dia do Basta. Já, em Porto Alegre, a mantenedora convocou uma reunião com os pais de alunos do Colégio Americano, que vem atrasando o pagamento dos salários, para anunciar que tempos “de maior prosperidade” se anunciam. Na ocasião, foi dito pelos gestores que, com a conclusão da venda de um terreno, as pendências salariais com os professores seriam saldadas “imediatamente”, e que a partir do próximo ano a escola se tornaria referência nacional na Rede.

“A direção se nega a negociar e não dá qualquer perspectiva de regularização das pendências salariais. Vemos com muita tristeza o desmonte de instituições históricas”, afirma Margot Andras, diretora do Sinpro/RS.

AÇÕES – Entre as medidas aprovadas pelo coletivo estão a realização de estudo jurídico sobre a possibilidade de ação nacional contra as instituições metodistas e a solicitação, via Confederação (Contee), de uma reunião com o Ministério Público Federal. Além disso, serão feitos estudos e ações jurídicas e políticas que permitam interferência nas determinações do próximo Concílio da Igreja Metodista em 2021, com a retomada da autonomia das Instituições Metodistas de Educação.

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