Professores do IPA aprovam acordo e encerram paralisação

Foto: Foto: Reprodução Facebook

Professores aprovam acordo e retomam atividades no Centro Universitário Metodista (IPA)

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A Assembleia dos Professores do Centro Universitário Metodista (IPA) aprovou na terça-feira, 8 de dezembro, a proposta da Rede Metodista, apresentada na instância de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). As tratativas foram intermediadas pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), que convocou e realizou a assembleia. Com o acordo, os docentes deliberaram também pelo encerramento da paralisação das atividades docentes.

Segundo a proposta aprovada, o IPA pagará nos próximos meses o equivalente a 70% dos salários mais uma parcela de 1/8 das pendências de 2019, até o dia 20 de dezembro. O um terço constitucional de férias também deve ser pago no prazo legal, ou seja, dois dias antes do início do seu gozo. Como garantia do pagamento das atuais pendências salariais, a Rede deu dois terrenos da instituição, localizados em Passo Fundo.

A proposta contempla ainda o compromisso de realização de reuniões regulares na busca pelo equacionamento do passivo trabalhista acumulado. Na manhã desta quarta-feira, 9, as decisões da Assembleia foram apresentadas em nova audiência no TRT que deu prazo até a próxima terça-feira, 15, para elaboração da minuta do Acordo aprovado.

Além do IPA, o colégio e Faculdade Centenário, de Santa Maria, também aprovou a proposta e retomou as atividades. Os professores do colégio Americano, de Porto Alegre, terão Assembleia nesta sexta-feira, 11, para avaliação do Acordo.

Mantenetora trocou a direção em meio à paralisação

Os professores do Centro Universitário Metodista (IPA) e do Colégio Americano, ambos de Porto Alegre, seguiram  paralisados em função das pendências salariais até 8 de dezembro. Os débitos afetaram os professores de toda a Rede Metodista que têm até 5,3 salários em atraso, incluindo as férias do último ano, décimo terceiro de 2019, além de depósitos de Fundo de Garantia (FGTS) também sem pagamento ou previsão de quitação.

No IPA, a paralisação iniciou em 23 de outubro e no Americano no dia 3 de novembro. O Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) tem acompanhado o caso e atuado em diferentes esferas para garantir os direitos dos professores. Nos últimos meses foram realizadas seis audiências no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a fim de buscar um Acordo que regularize os pagamentos. Na última audiência, em 25 de novembro, o desembargador responsável apresentou uma proposta que foi aceita pelos professores do Instituto Educacional Metodista (de Passo Fundo) e Centenário (de Santa Maria), porém  rejeitada pelo IPA e Americano. Novo encontro será realizado em dezembro para as discussões de uma proposta única, que atenda a todos os docentes da Rede.

Expectativa de melhora no diálogo

Localizada em São Paulo, a coordenação se negava a discutir propostas para uma solução para o caso enfrentado nas instituições.  Recentemente, no final de novembro, houve a troca completa dos gestores o que, segundo Margot Andras, diretora do Sinpro/RS, criou expectativas de melhora no diálogo. Uma das reclamações dos docentes é a dificuldade de interlocução. “Diferente da antiga gestão, essa equipe chamou os sindicatos para uma conversa e se mostra disposta à negociação”, explica Margot. Ela fala ainda que a atual gestão assume a Rede com grandes dívidas. “Existem pendências de FGTS, não depositados há cinco anos, além das rescisões dos contratos de trabalho, sem pagamento desde 2017”, diz.