Cresce nas redes sociais movimento pelo adiamento do Enem
Foto: Gabriel Jabur/ Arquivo/ Agência Brasil
Foto: Gabriel Jabur/ Arquivo/ Agência Brasil
Cresce nas redes sociais um movimento iniciado por estudantes de todo o país pelo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado pelo Ministério da Educação (MEC) para ser realizado nos dias 17 e 24 de janeiro. Com uma primeira convocatória de tuitaço para segunda-feira, 4, e outra para esta quarta-feira, 6, às 18 horas, o movimento utiliza a hashtag #EnemSeguro.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação está apoiando a demanda dos estudantes. Em nota que já circula pela web a entidade afirma que “considerando o aumento de casos de contaminação e mortes por covid-19 no Brasil e a falta de condições de segurança sanitária para realização de um exame com 6 milhões de estudantes para o Enem”.
O movimento pede o adiamento da prova e a programação de nova data, em momento de baixa na pandemia, com construção de condições e estrutura em comissão colegiada, com profissionais da educação, gestores e estudantes.
Em sua conta no twitter, a deputada Federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) afirma: “o governo não tem um plano de vacinação em massa e o nosso país se aproxima das 200 mil mortes em função da pandemia. São quase 6 milhões de inscritos no Enem deste ano, adiá-lo é o mínimo para preservar vidas!”,
A União Nacional de Estudantes (Une) alega que “o MEC não garantiu condições assistência para que estudantes do ensino público pudessem ter aulas remotas, aprofundando a desigualdade na educação. Realizar o Enem sem um plano eficiente de biossegurança atenta contra a vida de milhares de brasileiros”, tuitou em sua conta oficial.
“Nós não tiramos ainda uma posição da diretoria da Aesufope, mas a realização do Enem no pico da pandemia e sem clareza de estratégia sanitária é descabida”, disse ao Extra Classe no final desta tarde o professor Sérgio Franco, presidente da Associação de Escolas Superiores de Formação de Profisisonais do Ensino do Rio Grande do Sul (Aesufope).