Graduação em EaD ultrapassa a presencial, mas tem pior avaliação em indicador do MEC
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Os últimos dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) mostram que os cursos superiores por Ensino a Distância (EaD) ultrapassaram os presenciais. Por outro lado, a nota máxima dos alunos da modalidade é menor do que a metade dos que ingressam nos bancos das Instituições de Ensino Superior (IES) convencionais.
Aplicada em novembro de 2021, a última edição avaliou praticamente todos os cursos de licenciatura no país; aqueles que se focam na formação de futuros professores.
No total, somente 2,3% dos cursos a distância alcançaram a nota máxima, enquanto o índice dos presenciais ficou em 6,2%.
Os resultados da ainda registram que há um contingente enorme de cursos que nem mesmo chegam a alcançar a nota 3, a mínima exigida pelo Ministério da Educação (MEC).
Em números, no EaD 47,8% das graduações chegam nos escores 1 e 2. Em teoria, cursos com essas pontuações podem ser sancionados pelo MEC.
Indicador de qualidade
O Enade, assim como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A autarquia do MEC na avaliação do recente exame ainda destacou que as instituições de ensino superior presenciais obtiveram os melhores resultados também no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
A diferença, destaca o Inep, foram superiores “a 12 pontos percentuais no número de cursos com faixas 4 e 5”. Tanto no Enade quanto no IDD.
Os exames do Inep integram o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O objetivo geral é avaliar o desempenho dos estudantes em relação a conteúdos programáticos, habilidades e competências para atuação profissional e conhecimentos sobre a realidade brasileira e mundial.
O primeiro Enade, que é uma prova obrigatória a cada três anos, foi realizado em 2004.