Ações da educação disparam na Bolsa depois que MEC anuncia avaliar novo Fies

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Conglomerados educacionais com capital aberto tiveram nessa quarta-feira, 8, as maiores valorizações de ações na Bolsa de Valores do Brasil, a B3. A performance está sendo motivada pela formação de um grupo de trabalho no Ministério da Educação (MEC) para fazer o diagnóstico do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e propor alterações no programa.

No fechamento das operações, os papeis da Yduqs (Estácio)  totalizaram 12,16% de valorização. Foi a maior alta do Ibovespa do dia, sendo cotada em R$ 7,56. Ibovesta é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3.

Em sequência vieram as ações da Cogna (holding formada por Kroton, Platos, Saber, Vasta e Somos), com 8,91% de alta, e uma cotação de R$ 2,20.

Correndo por fora do índice, a Ânima (Unirriter e Fadergs) chegou a avançar 13,14%, e cotada a R$ 3,70; a Ser, variou 2,9%, em alta e a R$ 3,97, e a Cruzeiro do Sul registrando alta de 6,46% com cotação a R$ 3,13

Segundo analistas de mercado, o possível fortalecimento do Fies prometido pelo governo Lula é de fato a principal motivação para a disparada das ações do setor no curto prazo.

Quem é quem no mundo das ações da educação privada

A Yduqs possui 19 Centros Universitários, seis Faculdades, entre elas o Ibmec e a universidade Estácio de Sá. A Cogna Educação tem 124 Campi e 2.628 polos credenciados. Entre as marcas do grupo está a Anhanguera.  A Ânima reúne doze centros universitários no Brasil, entre eles Uniriter e Fadergs. A Ser Educacional tem 55 unidades no país, no ensino superior atua com a Unama, Uninassau, UNG e Uninorte. A Cruzeiro do Sul Educacional possui sete centros universitários, uma faculdade e duas universidades, a Positivo e a Cruzeiro do Sul.

O grupo de trabalho do MEC

Portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira, 8, estabeleceu um grupo de trabalho no MEC para “realizar diagnósticos sobre a situação atual do Fies” e “apresentar proposta e cronograma para realização de estudos” sobre o Fundo.

A equipe será composta por servidores de secretarias e órgãos do próprio MEC. Estão incluídas o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O GT terá duração de 180 dias, mas poderá ser prorrogado por decisão do secretário executivo adjunto do ministério.