Comung e Sinpro/RS destacam sintonia em defesa das Licenciaturas das comunitárias

Foto: Gilson Camargo/Ascom/ Sinpro/RS

Marcos Fuhr e Rodrigo Perla Martins, do Sinpro/RS; e Rafael Henn e Cleber Prodanov, do Comung, abordaram formação de professores e licenciaturas

Foto: Gilson Camargo/Ascom/ Sinpro/RS

Em reunião com o Consórcio das Universidades Gaúchas (Comung), na manhã desta quarta-feira, 31, o Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) manifestou sua contrariedade devido à exclusão de vários cursos de Licenciatura oferecidos pelas universidades comunitárias do edital do concurso para seleção de professores do governo do estado.

Com provas previstas para o mês de junho, o concurso público aberto em março pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) chama a atenção pela ausência de vagas para licenciados dos cursos de Filosofia, História, Ciências Sociais e Educação Física.

O encontro solicitado em abril pelo Sinpro/RS ao Comung, visava a articular, junto ao governo do estado, uma redefinição do concurso de modo a oportunizar a participação dos egressos desses cursos no edital. A expectativa, no entanto, acabou superada pela consolidação do edital.

A reunião realizada nesta manhã na sede do Comung, em Porto Alegre, teve a participação do presidente da entidade, Rafael Henn, reitor da Unisc; do vice, Cleber Prodanov, do reitor da Universidade Feevale; e dos diretores do Sinpro/RS, Marcos Fuhr e Rodrigo Perla Martins.

A crise das licenciaturas e o protagonismo das comunitárias na formação docente e no desenvolvimento das regiões onde atuam dominaram a pauta do encontro.

Desde abril de 2022, o segmento vem denunciando que as 14 instituições comunitárias são preteridas em diferentes ações de governo em detrimento de institutos vinculados a bancos e fundações privadas.

“As comunitárias estão presentes em todas as regiões do estado e praticamente bancam a formação de professores”, afirmou Prodanov. De acordo com o dirigente, o segmento também é protagonista em Licenciaturas coerentes com a realidade das regiões de atuação.

O presidente do Comung, Rafael Henn, destacou as várias iniciativas e mobilizações desenvolvidas pela entidade com vistas à formação qualificada de professores e em prol do desenvolvimento regional.

Foi referida a Comissão Especial na Assembleia Legislativa do estado, tendo como objeto as IES Comunitárias, tendo os representantes do Sinpro/RS informado sua disposição de habilitar-se para participar das audiências públicas da Comissão.

Os dirigentes do Comung ressaltaram ainda que o segmento reivindica a efetiva liberação do percentual de 0,5% da receita líquida do estado para a educação superior comunitária como determina a Constituição estadual (artigo 201).

Em abril do ano passado, o Sinpro/RS havia proposto uma resolução de apoio a esta pauta das comunitárias no final da 13ª Reunião Plenária do Fórum das Comunitárias.

“A preocupação com a qualidade da formação de professores e com a manutenção dos cursos de licenciaturas das instituições comunitárias tem motivado diversas iniciativas e negociações do Sinpro/RS no último período. Temos a convicção de que trata-se de uma política estratégica para a sociedade, que contempla expectativa das instituições formadoras e dos professores que nelas atuam”, destacou Rodrigo Martins, diretor do Sinpro/RS.

ComungLicenciaturas

Maior e mais abrangente sistema de educação superior do estado, o Comung congrega 14 instituições comunitárias de educação superior, que concentram 153.369 estudantes, 896 cursos de graduação e 715 cursos de pós-graduação e contabilizam 1,3 milhão de atendimentos prestados à comunidade. O segmento emprega cerca de 7,1 mil professores no estado.