Professores do Liberato fazem protesto na abertura da Mostratec
Foto: Coletivo Alicerce/Instagram
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A abertura da 38ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia na última terça-feira foi marcada pelo protesto de professores e funcionários da Fundação Liberato Vieira da Cunha (organizadora da mostra) contra o governo do Estado, por salários e novas contratações. O evento vai até 26 de outubro, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, com representantes de 15 países e de 22 Estados da federação, além do Distrito Federal. A entrada é franca e a feira tem transmissão ao vivo por canal oficial da Mostratec no YouTube .
Trata-se do maior evento do gênero na América Latina. Além da Mostra, ocorre também a Mostratec Júnior, o Seminário Internacional de Educação Tecnológica (Siet), e o Desafio de Robótica Mostratec Atto. Serão apresentados 785 projetos de estudantes do ensino médio e técnico, do ensino fundamental e da educação infantil.
Os países inscritos na Mostratec deste ano são Argentina, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Indonésia, México, Paraguai, Peru, Portugal, Suécia, Suíça, Taiwan, Turquia e Ucrânia.
Renovação de pessoal
Existe um pedido de abertura de concurso público no Grupo de Assessoramento Especial (GAE) da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Mas o processo não avança, segundo o diretor-executivo da Fundação Ramon Hans, porque há outro procedimento parado na Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Trata-se do Programa de Demissão Incentivada (PDI), que teria, ao menos, 103 funcionários da Liberato interessados.
Segundo Hans, é necessário aprovar o PDI para depois aprovar o concurso. Só não temos mais alunos porque não tem professor, não há recursos humanos. A fundação tem 2,8 mil estudantes, diante de uma capacidade física para 3,5 mil matrículas.
De acordo com a deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da AL, busca uma agenda com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, para tratar do assunto. O deputado estadual Issur Koch comenta que a falta de professores e servidores é uma dificuldade enfrentada pela comunidade escolar gaúcha.
Quadro atual de funcionários Dos 287 servidores da instituição, 70 são do setor administrativo e o restante, professores, além de 75 estagiários.”
A lei permite contratar 20% de estagiários. Só poderia contratar 55. Então, estou descumprindo a lei porque falta gente para
trabalhar”, informa Hans. O último concurso para a fundação foi autorizado em 2014 para 18 vagas, sendo que a escola
solicitou 31.
Reposição salarial de professores também está na pauta
Foto: Coletivo Alicerce/Instagram
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Conforme o presidente da Associação de Docentes da Fundação Liberato (ADLiberato) e diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), Daniel Sebastiani, os profissionais acumulam perdas salariais de 25%. “Não estamos solicitando aumento, mas algum índice de reposição. Tivemos o salário diminuído em um quarto”, informa.
Sebastiani também ressalta que a associação reclama a urgente realização de um concurso. “É preciso renovar. Eu sou professor de história, tenho 54 anos, e posso dizer que sou relativamente jovem em relação aos demais”, comenta.