EDUCAÇÃO

Campanha do Sinpro/RS defende a liberdade de ensinar e aprender

Movimento denuncia grupos políticos que fomentam o cerceamento do trabalho docente em sala de aula, com discurso de ódio e censura a livros e conteúdos
Da Redação / Publicado em 12 de agosto de 2024
Campanha do SinproRS defende a liberdade de ensinar e aprender

Foto: Igor Sperotto

Lançamento da campanha teve a participação de representantes de instituições e entidades ligadas à educação e convidados

Foto: Igor Sperotto

O Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) lançou na sexta-feira, 9, em Porto Alegre, a campanha pública Liberdade de ensinar e aprender. O evento contou com a participação de representantes de instituições e entidades ligadas à educação e convidados. Assista aqui a íntegra do lançamento.

A iniciativa da entidade que representa os professores do ensino privado do estado busca chamar a atenção para as investidas cada vez mais presentes nas escolas de grupos políticos de extrema direita que fomentam agressões, assédio e outras formas de cerceamento ao trabalho dos professores em sala de aula, bem como atuam para promover a censura de livros e de conteúdos pedagógicos.

Com materiais produzidos especialmente para a campanha, a iniciativa chamar a atenção da sociedade também para manifestações preconceituosas relativas à raça e a gênero, bem como alertar para o dano que isso provoca.

“Estaremos trabalhando na defesa de uma educação qualificada e plural para os estudantes e para garantia da liberdade de ensinar e aprender de professores e alunos”, disse Cecília Farias, diretora do Sinpro/RS.

A campanha tem alcance estadual e pretende, também, informar sobre os direitos legais e a defesa dos professores nas esferas criminal, cível e trabalhista; e as ações do Sindicato na defesa do pluralismo de ideias, da liberdade de cátedra e do livre exercício docente.

O Sinpro/RS desenvolveu um site específico da Campanha, com informações e materiais produzidos para a iniciativa. A página que pode ser acessada aqui.

Relatos

Estiveram presentes o vereador Alex Fraga, de Porto Alegre, Manuelita Tabordo, da Associação dos Orientadores Educacionais do RS, Julio Sá, presidente da Associação Mães e Pais pela Democracia, Rosane Zan, representando o CPERS Sindicato, Bete Charão, diretora do Simpa, Valdir Kin, diretor do Sinpro Noroeste e a deputada estadual, Sofia Cavedon, entre outros.

Professores que foram alvos desse tipo de cerceamento participaram do evento, relatando suas experiências. “Ensinar e aprender é o objetivo da escola. No momento em que tentam impedir o trabalho do professor estão tirando o direito de aprender de crianças e adolescentes”, defendeu o professor Enrico Blota, de Pelotas, que sofreu ameaças por relacionar o modelo agropecuário adotado no estado ao efeito estufa.

“Ensinar e aprender demanda liberdade e demanda a valorização do papel do professor”, concluiu Ronan Franco, que viveu uma experiência semalhante: ele foi alvo de uma campanha de ódio e acabou demitido de uma escola em Uruguaiana ao questiona o desperdício de água por arrozeiros da região.

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