EDUCAÇÃO

Regulamentação da Lei das ICES mobiliza 14 reitores de universidades gaúchas em Brasília

Da forma como está, as Instituições Comunitárias de Ensino Superior não podem receber recursos do orçamento federal via MEC ou FNDC por não ter uma rubrica orçamentária específica
Por César Fraga / Publicado em 4 de dezembro de 2024

Regulamentação da Lei das ICES mobiliza 14 reitores de universidades gaúchas em Brasília

Foto: Jaira Pupim

Foto: Jaira Pupim

Uma comitiva de reitores das 14 universidades do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) está em Brasília desde a terça-feira, 3, para uma série de agendas em prol da regulamentação imediata da Lei das ICES 12.881 (especialmente dos arts. 2º – das prerrogativas – e 5º – do Termo de Parceria).

Serão realizadas reuniões com a Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Comunitárias e com as Bancadas Parlamentares Catarinense e Gaúcha, além de reuniões com o Conselho Nacional de Educação e ministros, que terá como pauta a regulamentação das Comunitárias, desdobramentos orçamentários e operacionais das Instituições Comunitárias de Ensino Superior (ICES) do Rio Grande do Sul e do Brasil. Fazem parte do Comung: Unisc, Feevale, UFN, UPF, URI PUCRS, Urcamp, Unijuí, Unilassalle,Unicruz, UCS, UnivatesUnisinos, UCPEL. 

 A Lei das Instituições Comunitárias de Educação Superior (ICES), aprovada em 2013, até hoje não teve efeito prático e, por isso, as regiões e seus estudantes estão privadas de acesso aos recursos previstos em lei para as atividades de ensino, pesquisa e extensão. A legislação poderia beneficiar mais de 100 mil estudantes gaúchos. Em 2024, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou uma resolução de regulamentação da Lei das ICES que, agora, espera a publicação do Decreto do Governo Federal.

Segundo a vice-presidente do Comung e reitora da Universidade de Passo Fundo, Bernadete Dalmolin, a sociedade, que já contribuiu tanto para ter educação superior em todas as regiões, espera que a lei seja cumprida. “É preciso que a regulamentação saia, definitivamente, para que os seus efeitos possam ser sentidos pelos estudantes e pelas comunidades. São instituições que investem no ensino, na pesquisa, na extensão, na inovação e que estão diretamente ligadas à vida das regiões, promovendo inclusão com qualidade e equidade”, disse. 

Na atual configuração, as Instituições Comunitárias de Ensino Superior não podem receber recursos do orçamento federal via Ministério da Educação ou Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, por não ter uma rubrica orçamentária específica. Os recursos só podem ser recebidos via Ministério da Ciência e Tecnologia – MCTI (pelo marco legal das ICTS) e também recursos via Capes.

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