Bancada ruralista gaúcha perde parlamentares, mas ganha força

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
As eleições do último domingo (7) modificaram algumas correlações de força na Câmara dos Deputados. A ascensão do PSL, a queda de MDB e PSDB, e uma importante declínio da Federação Parlamentar da Agropecuária (FPA), que saiu de 233 deputados federais na legislatura de 2014 para 98 em 2018.
No Rio Grande do Sul, o fenômeno de queda entre os ruralistas foi mantido. Em 2014, o estado elegeu 14 parlamentares ligados à frente. Agora, em 2018, somente 10. Porém, apesar da queda, os gaúchos terão a segunda maior bancada oficialmente ruralista, junto com Goiás, Maranhão e Alagoas.
Minas Gerais, assim como em 2014, quando elegeu 32 parlamentares, continua à frente na divisão regional, mas com 14 eleitos. O Paraná, segunda maior bancada da última legislatura com 17 ruralistas, caiu para 8 neste ano.
Entre os gaúchos eleitos, figuras virulentas como Alceu Moreira (MDB), Jerônimo Goergen (PP) e Covatti Filho (PP) ganharam uma nova oportunidade e seguirão com seus mandatos até 2022. Luiz Carlos Heinze (PP), talvez a mais relevante figura política ligada ao agronegócio no Rio Grande do Sul, foi eleito para o Senado e ficará no lugar de Ana Amélia (PP), derrotada como vice-presidente de Geraldo Ackmin (PSDB).
Ainda é cedo para dizer, mas provavelmente parte da “renovação” do Congresso possa aderir à FPA, mas isso só acontecerá depois de fevereiro de 2019, quando os novos parlamentares tomam posse.
Rio Grande do Sul (de 16 para 10 deputados):
Afonso Hamm (PP)
Afonso Motta (PDT)
Alceu Moreira (MDB)
Covatti Filho (PP)
Giovani Cherini (PR)
Heitor Schuch (PSB)
Jerônimo Goergen (PP)
Márcio Biolchi (MDB)
Onyx Lorenzoni (DEM)
Osmar Terra (MDB)
Repórter do Observatório De Olho nos Ruralistas, em parceria com o jornal Extra Classe