Estranhamos a matéria de responsabilidade deste informativo, intitulada “11 anos depois…”, comparando Ciro Gomes à (sic) Color de Mello. Extremamente tendencioso, o texto procura relacionar as capas das edições de Veja, de março de 1988 e outubro de 1999. De forma preconceituosa, tenta passar a imagem de que Ciro Gomes é um aventureiro na política brasileira. Desconhece inclusive o fato de Ciro ter sido o terceiro colocado na última eleição presidencial com 11% dos votos, concorrendo pelo PPS. Ao contrário de Collor, que foi alavancado pela mídia, a grande imprensa só se ocupa de Ciro Gomes pela grande simpatia que as propostas do vice-presidente do PPS alcançam junto à opinião pública. Longe de uma postura salvacionista, Ciro e o PPS propõem a discussão de um projeto para o Brasil, necessariamente sustentado por forças de centro-esquerda. Talvez não seja demais lembrar que a revista Veja já teve em suas capas figuras notáveis da oposição, como Lula e Itamar Franco. Tratando-se de um jornal que se caracteriza por uma visão aberta e plural e dirigido a uma classe profissional altamente politizada, esperava-se, no mínimo, um questionamento sobre questões políticas formuladas pelo PPS e Ciro Gomes. Abertos a uma discussão sobre os caminhos da oposição e propostas para o Brasil, sugerimos uma palestra de Ciro Gomes, seguida de debate com a categoria de professores particulares, em uma data a ser agendada,
Lauro Hagemann – presidente estadual do PPS-RS
O Extra Classe limitou-se a comparar duas edições de uma mesma revista sobre fenômenos semelhantes da política, sem pretender em nenhum momento tecer qualquer juízo de valor sobre este ou aquele homem público. Mesmo porque os leitores do Extra Classe são suficientemente inteligentes para fazer isso sozinhos.