GERAL

Mais uma de mídia

Publicado em 13 de abril de 2002

Não bastasse as grandes empresas da imprensa brasileira, como todo mundo já sabe, estarem nas mãos de apenas cinco grandes famílias: os Marinhos, os Sirotskys, os Frias, os Civitas e os Mesquitas, no âmbito dos estados as reduções deste universo são lastimavelmente inevitáveis, o que tem garantido geração após geração a manutenção do poder nas mãos dos mesmos grupos, perpetuando-se porque servem-se da mídia e favorecem grupos tradicionais da oligarquia brasileira. Na Amazônia, então, a situação é de uma avacalhação sem limites. Os casos dos jornalistas Altino Machado (A Gazeta, de Rio Branco, AC) e de Ribamar Beça Freire (A Crítica) são exemplares. Ambos já sofreram inúmeras agressões e ameaças em suas respectivas cidades. Beça Freire chegou a levar uma surra e a casa de Machado já foi alvo de rajadas de metralhadora. O último demitiu-se de A Gazeta depois de sua coluna ter sido censurada por desferir críticas ao ex-deputado Hildebrando Pascoal, aquele da motoserra, lembram, que é ligado à máfia do narcotráfico e foi preso no Acre? Pois é. O jornal também é ligado a um grupo de oposição ao governador Jorge Viana (PT). “Exigiram-me uma crítica sistemática a tudo que fosse relacionado ao Governo da Floresta”, diz nota do jornalista ao demitir-se do jornal.

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