Sindicalistas declaram apoio a Lula e Tarso
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No último dia 23, foi realizada uma plenária sindical de apoio à candidatura de Tarso Genro e Lula no sindicato dos metalúrgicos de Canoas com a presença de várias entidades de classe. Apesar da declaração da senadora Emília Fernandes, que disse ao microfone ser “o projeto socialista o melhor projeto para o Brasil”, o clima foi de deixa-prá-lá , justamente no momento em que os dois candidatos vêm se empenhando em ressaltar as características de candidaturas de centro-esquerda, distantes do discurso socialista. Ambos respiraram fundo e fingiram que não ouviram. O também senador Paulo Paim destacou ser este um momento único para os trabalhadores que, pela primeira vez na história, terão a chance de eleger um metalúrgico para a presidência. Tarso discursou para os presentes e afirmou sobre os governos de Estado: “temos a mais completa experiência de governo popular e democrático que o Rio Grande do Sul já viu e não vamos deixar que o frentão reacionário que está se formando impeça de continuá-la”. Lula, aproveitando a deixa dos colegas de partido, inspirado, arrematou falando de si mesmo: “Não sou resultado da minha inteligência. Se cheguei onde cheguei, foi pelo somatório da inteligência da classe trabalhadora brasileira, que entendeu que precisava deixar de ser uma coadjuvante deste filme”. Também não faltou o comentário de Lula sobre o presidente da Federasul, a quem o pré-candidato chamou de mal-educado pela forma que o mesmo teria se dirigido a Olívio e Lula na mesma tarde na própria Federasul. Aparentemente a fase morna da campanha já acabou e, apesar de Lula sempre repetir que ninguém vai lhe tirar o bom humor e que ele não pretende ceder às provocações, momentos de enfrentamento irão surgir. Serra, por exemplo, já está acusando os petistas de vira-casacas em seu novo comercial de TV, aquele em que afirma ser palmeirense. Resta saber se os marketeiros de Lula darão uma resposta igualmente inspirada ou se Lula fará ouvidos de mercador.
