GERAL

Liberdade de cobertura

Publicado em 12 de setembro de 2002

Pela constituição americana, a imprensa pode dizer e publicar o que quiser sobre os candidatos e as eleições sem nenhum medo de censura nem obrigação de igualdade de tempo. Os candidatos podem reagir com processos que são raros e decididos em tribunais comuns. Não existe um tribunal eleitoral. E o papel da mídia? A mídia destaca os insultos e escândalos que envolvem dinheiro e corrupção de candidatos, mas jamais revela quanto milhões gasta com lobbies para derrubar leis que criam horários gratuitos nas televisões e rádios ou que impõem limites de gastos em campanhas. Geralmente o espaço para eleições na imprensa norte americana é de 36 segundos por dia. Se já não dão espaço às próprias eleições, imaginem às eleições em outros países, como o Brasil, por exemplo. Nas televisões americanas, a cobertura para as campanhas eleitorais é inexistente; na imprensa escrita, ela recebe destaque nos cadernos de economia que são lidos pelos dez ou quinze por cento de americanos que sabem onde fica o Brasil.

 

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