GERAL

Abaixo as trincheiras culturais

César Fraga / Publicado em 15 de outubro de 2004

Ex-secretário da Cultura (com status de ministro) do governo Fernando Collor, Sergio Paulo Rouanet, hoje diplomata aposentado, cientista político e ensaísta, nasceu no Rio de Janeiro em 1934. Em 1992 foi eleito para a Cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUC/RJ; morou nos Estados Unidos de 1960 a 1964, onde fez cursos de pós-graduação em Economia, na Universidade George Washington; em Ciências Políticas, na Georgetown University (ambas em Washington); e em Filosofia, na New York School for Social Research, em Nova York. Doutorou-se em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, em 1980. Ingressou na carreira diplomática em 1957 como Terceiro Secretário, recebeu todas as promoções possíveis por merecimento e chegou a Ministro de 1ª Classe em 1984. Os principais cargos que exerceu no Ministério das Relações Exteriores foram os de assistente do Secretário-Geral das Relações Exteriores (1957-58), assistente do Chefe da Divisão de Produtos de Base (1966-67), chefe da Divisão de Política Comercial (1974-76), chefe do Departamento da Ásia e Oceania (1983-86). Ocupou postos permanentes no Exterior em Washington (1959-62), Nova York (1962-65), Genebra (1967-68 e 1973), Zurique (1976-82); foi embaixador do Brasil na Dinamarca (1987-91), cônsul-geral em Berlim (1993-96) e encerrou sua carreira diplomática como embaixador do Brasil em Praga. A partir de novembro de 1996, passou a ser colunista do caderno Idéias do Jornal do Brasil, substituindo o professor Alfredo Bosi e compartilhando uma coluna com os ensaístas Luiz Costa Lima, Silviano Santiago e Flora Süssekind. Depois foi colaborador do “Brasil 501 d.C.”, do caderno Mais!, de A Folha de São Paulo. Possui também uma vasta obra publicada: O homem é o discurso – Arqueologia de Michel Foucault, com José Guilherme Merquior (1971); Imaginário e dominação (1978); Habermas, com Bárbara Freitag (1980); Édipo e o anjo – Itinerários freudianos em Walter Benjamin (1981); Teoria crítica e psicanálise (1983); A razão cativa – As ilusões da consciência: de Platão a Freud (1985); As razões do Iluminismo (1987); O espectador noturno – A Revolução Francesa através de Rétif de la Bretonne (1988); A coruja e o sambódromo (1988); A razão nômade: Walter Benjamin e outros viajantes (1994). Seus livros mais recentes são: Os Dez Amigos de Freud (volumes 1 e 2) , O mal-estar da modernidade e As razões do Iluminismo. Em sua estada em porto Alegre para participar como painelista do seminário Copesul Cultural / Intérpretes do Brasil, com apoio do Sinpro/RS, no final de setembro, Rouanet concedeu entrevista exclusiva ao Extra Classe.

Extra Classe – Como ex-secretário nacional da Cultura, qual a sua avaliação da gestão do Ministro Gilberto Gil à frente do MinC e das polêmicas geradas em torno da Ancinav?
Sergio Paulo Rouanet
– Para ser sincero, não me manifesto sobre isso. Estive fora do país durante muito tempo e prefiro não opinar. Preferia que nessa entrevista se omitisse completamente esse assunto, pois não trato desse tema com nenhum órgão de imprensa.

EC – Mas algum ponto de vista o senhor deve ter sobre o tema. Uma pessoa com seu lastro cultural e de contribuições para a vida intelectual do país, independentemente de questões políticas, o avalizam a qualquer análise por superficial e distanciada que seja. E por que o senhor se abstém de opinar sobre esse assunto?
Rouanet
– Eu tenho tentado evitar comentários sobre um assunto que, no fundo, não entendo e não tenho acompanhado. É puramente por escrúpulo de não comentar de forma incorreta os fatos. O que posso dizer é que estou vivendo no Brasil só há uns dois anos, desde que me aposentei da carreira diplomática. Vou dizer que desejo todo o êxito possível ao ministro Gil, da Cultura, que, inclusive, é meu amigo. Sei que ele está fazendo o que considera melhor para o Brasil e para a cultura brasileira. Agora, qualquer comentário além disso para alguém que esteve vivendo no exterior esses anos todos seria inapropriado. O que sei é o que tenho acompanhado nos jornais. E como leitor de jornais concluo que me parece correto o rumo que o ministério está imprimindo à política cultural brasileira. Espero que dê certo. Mas não posso entrar em detalhes, principalmente no que se refere à famosa Lei de Incentivo à Cultura, que alguns insistem em chamar de Lei Rouanet. Sei que existem propostas para mudá-la, porém não sei em que direção. Sei, sem dúvida nenhuma, que no momento em que ela foi criada tinha defeitos. Era excessivamente complexa e burocrática. Ela foi aligeirada, não no termo da Lei, mas por meio de regulamentos, que são de competência do executivo, via decretos e portarias. Tenho a impressão que ela foi, de fato, flexibilizada. Algumas de suas complexidades burocráticas foram removidas, o que a tornou mais facilmente aplicável. Isso foi uma mudança na direção certa. Por outro lado, sei que na atual gestão foram feitas várias propostas de modificação da Lei. E sei, como leitor de jornais, que o assunto permanece polêmico e controverso. Alguns são contrários a essas modificações, porém não posso julgar no mérito a natureza dessas mudanças, muito menos quem está ou não com a razão.

EC – Como os países que não pertencem ao primeiro mundo podem fazer sobreviver suas culturas regionais diante de um cenário de globalização cultural tão acelerado? Não se corre o risco de que se percam lgumas especificidades culturais?
Rouanet
– A questão da globalização é um fato. E falo dela em um sentido amplo, não apenas do ponto de vista econômico. Assim como existe uma globalização dos fluxos financeiros, tecnológicos, de mercadoria, etc., existe também uma globalização cultural, como está muito bem assinalada na pergunta. Não somente os bens e serviços se deslocam internacionalmente e se mundializam, mas também os bens culturais. Isso tem aspectos inegavelmente preocupantes. Um deles é justamente o risco de desaparecimento de especificidades culturais mais ou menos niveladas por um ‘rolo compressor’, ou melhor, por um arrastão cultural que vem do exterior, das culturas hegemônicas. Mas também é preciso que olhemos o aspecto positivo, que significa progresso em direção à interpenetração de diversos universos culturais, ou seja, do diálogo entre culturas diferentes, o que é um bem. Portanto, devemos evitar uma atitude maniqueísta, sobretudo falsas soluções. Uma guinada nacionalista me parece ineficaz, até porque o fenômeno da globalização, por definição, se dá em nível mundial. Não se pode responder a desafios mundiais com soluções meramente locais.

EC – Como evitar esse rolo compressor então?
Rouanet
– Essa resposta à globalização deve se dar no mesmo terreno em que ela ocorre, que é o terreno internacional. Eu seria a favor, por exemplo, do estabelecimento do intercâmbio tão vasto e planetário quanto possível entre os diversos agentes culturais. Isso já está ocorrendo em uma determinada escala, mas pode melhorar. Falo do estabelecimento de ligações culturais entre escritores, músicos, artistas em geral, para união e estabelecimento de um diálogo. Então, o caminho para solução dos problemas gerados pela globalização não se dá pelo entrincheiramento atrás de barricadas culturais autárquicas, mas pelo diálogo que permita uma universalização fluida. Ao mesmo tempo, devemos evitar o paroquialismo e nacionalismo cultural, que seria uma coisa muito perigosa também.

EC – O senhor é a favor de algum mecanismo de controle ou mediação do fluxo de bens culturais?
Rouanet
– Eu sou a favor, por exemplo, de uma intensificação das trocas culturais entre os países do Mercosul. Quanto mais a gente transformasse o Mercosul num espaço em que os países membros pudessem intercambiar suas culturas, melhor. Isso poderia construir respostas positivas ao processo mundial. Isso sim geraria respostas pró-ativas, e não passivas – como muito do que é proposto por aí. Pois significaria não o fechamento das fronteiras culturais, mas uma ampliação delas.

 

EC – O senhor é favorável a algum tipo de regulação do mercado no que se refere aos produtos culturais estrangeiros, como ocorre na França em relação ao cinema?
Rouanet – Claro. Isso tem de ser feito. Minha posição como intelectual iluminista me colocaria favorável a uma visão mais internacional, mas é claro que em alguns momentos é preciso tomar certas providências para impedir uma invasão avassaladora e desfiguradora. Mas essas medidas devem ser tomadas com muito cuidado. Essa cautela deve ser no sentido de evitar atitudes xenófobas, como algumas apresentadas por políticos franceses. Elas, algumas vezes, têm um caráter de crispação cultural, que creio não serem de interesse (com poderes de ministro) para o Brasil. A França nos deu um mau exemplo que quase frutificou. Falo do projeto de Lei em defesa da língua francesa contra os anglicismos excessivos. Quem conhece a cultura francesa sabe que existe uma penetração excessiva de palavras inglesas no vocabulário cotidiano da população, como shopping, weekend. Nesse sentido, é mais vulnerável do que o português. Essa idéia frutificou no Brasil a meu ver, infelizmente, no sentido de tentar evitar palavras estrangeiras. É claro que quando vemos que, em vez de os lojistas utilizarem a palavra liquidação, usam sail, dá vontade de vomitar. Mas o caminho não passa por uma lei semelhante à francesa, nem por punição, mas passa, sim, por um conhecimento mais profundo da própria língua portuguesa. Tenho certeza de que os autores da lei não sabem colocar corretamente as crases ou utilizar pronomes. Eles estão preocupados demais em evitar a penetração de palavras estrangeiras para conhecer melhor a língua portuguesa. Quem conhece bem o próprio idioma passará automaticamente a traduzir de uma maneira vernaculamente correta as expressões estrangeiras em vez de usá-las. Quem sabe bem o português não vai tentar usar sem uma tradução apropriada o vocabulário da informática, por exemplo. Em vez de dizer deletar, dirá apagar, só para dar um exemplo. Isso também mostra como devemos agir de uma maneira construtiva a uma ameaça de desfiguração da cultura brasileira, não por meio de um recuo, mas por meio de uma política, de uma atitude ativa que signifique avanço.

EC – Teoricamente parece viável, mas como tornar isso real?
Rouanet
– Esse conhecimento profundo da língua passa pela educação. A língua deve ser ensinada corretamente nas escolas.

EC – O senhor é um notório defensor da razão. Sabe-se que nacionalismo e irracionalismo andam de mãos dadas mundo afora. Vê-se muito bem isso no recrudescimento dos conflitos étnicos que tomaram conta dos noticiários internacionais nas últimas décadas numa curva crescente. Como o senhor, sendo o iluminista que é, analisa esses fenômenos, principalmente o da contaminação das culturas locais por essa exacerbação dos nacionalismos?
Rouanet
– Uma das conseqüências da globalização tem sido uma retribalização do mundo como se não houvesse uma outra solução. Prevalecem as visões maniqueístas: ou a gente aceita que os particularismos vão voltar a proliferar – o que faria do mundo um planeta dividido em culturas estanques com nações auto-suficientes numa hipótese em que todos os progressos das últimas décadas em direção à universalidade vão desaparecer –; ou a gente aceita de forma passiva o que é inevitável: a invasão globalista e a hegemonia norte-americana – como se não existisse uma terceira opção. Acho que o terceiro caminho está justamente nisso: aceitar a existência de um núcleo mínimo de normas e princípios universais e aceitar também a existência de particularidades cuja co-existência vai ser garantida precisamente pela existência daquele núcleo mínimo de normas e princípios.

Se você tem um mundo completamente dominado por particularismos selvagens sem regras universais que permitam a coexistência não-antagonística desses particularismos, você vai ter um mundo de todos contra todos, uma guerra de todas as culturas contra todas as culturas, todas elas arreganhando os dentes entre si. E creio não ser esse o tipo de plurarismo civilizado de que gostaríamos. Gostaríamos de uma sociedade mundial pluralista sim, onde fosse possível a coexistência de várias culturas mantidas em suas especificidades, mas justamente para que isso possa acontecer de uma maneira não belicosa é preciso que haja esse núcleo de princípios universais de que falei anteriormente.

EC – É isso que o senhor chama de Democracia Mundial?
Rouanet
– Sim. Eu tenho defendido o conceito de Democracia Mundial, que significa não uma contradição, não uma violência universalista, cosmopolita, que vai destruir o estado nacional ou as particularidades culturais de cada região, mas uma democracia que vai justamente dar esse núcleo de princípios, de regras de coexistência dessas diversas culturas. Não é uma negação do pluralismo, mas a criação de condições e possibilidades para a um verdadeiro pluralismo cultural. E repito, se não houver essas condições, o resultado é a guerra das culturas e das civilizações.

EC – Dê um exemplo de como pode se dar essa diálogo pacífico entre culturas.
Rouanet
– Sempre penso o que teria acontecido se o Glauber Rocha não tivesse lido as revistas francesas sobre cinema e se influenciado pela Nouvelle Vague (movimento cinematográfico francês), assim como se Tom Jobim e os demais criadores da Bossa Nova não tivessem acesso ao jazz, por exemplo. A bossa nova é o Brasil mais o jazz, e o cinema novo é o Brasil mais o cinema francês. A abertura da cultura brasileira para o estrangeiro é antropofágica (no sentido modernista), que implica não negar o que vem de fora, mas devorar o que vem de fora para fortalecer a saúde cultural. A cultura brasileira deve ser protegida, mas não pelo protecionismo e pela xenofobia de achar que somos melhores do que os outros.

EC – Como o senhor está vendo a cultura brasileira no contexto internacional? Como ela é vista fora das nossas fronteiras?
Rouanet
– Ela se projeta cada vez mais. Isso pode ser visto principalmente na música. Atualmente não é possível ir a qualquer parte da Europa ou dos Estados Unidos sem que se ouça nossa música de uma forma ou de outra. Na literatura, por exemplo, os grandes eventos literários sempre contam com uma parcela representativa de autores brasileiros e obras. Cada vez mais, livros de autores brasileiros recebem melhores traduções e em maior quantidade para vários países.

EC – Mas o Brasil ainda é muito marcado pelos ícones exóticos e estereótipo praia, tropicalismo, carnaval e futebol. Isso já foi superado?
Rouanet
– Em linhas gerais, a cultura brasileira no exterior vai muito bem e é muito bem-vista. Porém, muito mais ainda deve ser feito. Talvez devesse haver uma contribuição dos nossos amigos europeus, que infelizmente se acostumaram demais a ver o Brasil como o país do exotismo, do carnaval, das praias, do sol e de Carmen Miranda. Até hoje, eles ficam um pouco desapontados quando lêem livros brasileiros que não refletem essa realidade. Talvez esse público de fora esteja passando por um processo de educação em relação ao Brasil, que hoje é essencialmente urbano, complexo e industrializado, bem ao contrário do tempo de Jorge Amado, que contribuiu muito para essa imagem. Porém, não se trata de negar essa imagem, pois o Brasil é isso também, só que é muito mais. Então precisamos ter uma literatura que reflita toda essa complexidade. Hoje, o Brasil é mais urbanizado do que a maioria dos países europeus. Quase 90% da população brasileira vive nas cidades, o que torna meio ridículo que haja essa defasagem de percepção. Os estrangeiros se acostumaram a ver um certo Brasil e não percebem que o país mudou nos últimos 20 anos. Um pouco dessa mudança de imagem deve ser feita pelas embaixadas. O Itamaraty faz muito bem isso há anos.

EC – O senhor acha que a imagem do Brasil no exterior deve ser melhorada ou esse é um conceito equivocado?
Rouanet
– É que não dá para dizer que no Brasil não existe discriminação racial, que não houve matança de índios e crianças, que não há machismo. Até porque o Brasil tem mil problemas, mas esses problemas têm de fazer parte da realidade brasileira como um todo e não de uma falsa visão dessa realidade. Uma das coisas mais positivas que tem caracterizado os últimos anos da política externa brasileira é justamente ter acabado com essa história de tentar melhorar a imagem externa negando a existência de problemas. Muito se avançou, mas muito precisa ser feito.

EC – Em 2003 o senhor publicou três livros. Qual o seu próximo projeto editorial?
Rouanet
– No momento estou trabalhando num possível livro sobre Machado de Assis. Estive na Inglaterra, onde dei um curso sobre o escritor na Universidade de Oxford, no início deste ano. Talvez eu transforme esse material em um livro sobre a relação entre Machado de Assis, sobretudo Memórias Póstumas de Brás Cubas, e alguns dos livros que foram escritos anteriormente dentro da mesma tradição, como Tristam Shandy, do inglês Laurence Sterne, no qual Machado de Assis se inspirou declaradamente; Viagens na Minha Terra, do português Almeida Garrett; e Viagens à volta do meu quarto, do russo Xavier de Maistre. São os livros que aparecem no prefácio de Memórias Póstumas. Essas aulas que ministrei foram uma espécie de curso de literatura comparada em que tentava estabelecer paralelos entre esses autores. Devo submeter o resultado à minha editora em dois ou três meses para avaliação.

EC – O senhor acha que essas influências diminuem a originalidade da obra de Machado de Assis?
Rouanet
– Muito pelo contrário. Mostra justamente que, dentro dessa tradição, ele foi o melhor de todos. E a influência, inclusive admitida, de forma alguma nega a originalidade de sua obra. Ele diz em seu prefácio que o livro foi escrito segundo o estilo e a forma de Sterne, Xavier de Maistre e Garrett, porém ele arremata com a seguinte metáfora: “A taça tem os mesmos lavores, são da mesma escola, mas o vinho é outro”. O que me interessa é o vinho machadiano, que tem certificado de origem. Os outros livros eram alegres e joviais, enquanto o que ele estava escrevendo era triste. O próprio Brás Cubas dizia no início de seu relato que escrevia com a pena da galhofa e a tinta da melancolia.

(N.E. – No prefácio da primeira edição, Machado de Assis, por intermédio do narrador Brás Cubas, cita apenas Sterne e Maistre. O nome de Garret é acrescido a partir da quarta edição de Memórias póstumas de Brás Cubas)

EC – O próprio Harold Bloom, escritor e crítico norte-americano admitiu recentemente que gostaria de ter conhecido a obra de Machado de Assis antes e salientou que seus livros, apesar de importantes, não foram influentes na literatura mundial por causa da língua em que foram escritos, o português.
Rouanet
– A Susan Sontag já havia descoberto antes dele e manifestado entusiasmo também. Quanto ao idioma, no passado dizia-se que o português era o túmulo do pensamento. Hoje em dia já não é tão justo isso. Atualmente é a quarta ou a quinta língua mais falada no mundo. Mas ainda é uma língua pouco difundida. Isso só pode ser resolvido com maior e melhores traduções. Essa iniciativa de os países do Mercosul terem esse acordo de ensino das línguas português/espanhol nas escolas em todos os países já é um belo avanço também nesse sentido.

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