Extra Classe debaterá jornalismo em tempos de fake news
Fotos: Reprodução/Divulgação
Lançado em março de 1996, pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), o jornal Extra Classe se tornou um marco na imprensa sindical brasileira. São 25 anos de publicação ininterrupta das edições mensais, que, a partir de 2014, também passaram a ser veiculadas no site do jornal (www.extraclasse.org.br), junto com o conteúdo concebido especialmente para a web. Uma realização que conta com milhares de leitores.
Vitalidade do projeto
Foto: Reprodução/Arquivo Extra Classe
“Não é fácil no Brasil manter uma publicação jornalística com este perfil profissional e que se propõe debater os principias temas da atualidade”, afirma Valéria Ochôa, editora-chefe do Extra Classe. “A vitalidade do jornal é a vitalidade do seu instituidor, o Sinpro/RS, que introjetou a importância da efetiva comunicação na luta por uma sociedade para todos e, fundamentalmente, investe nessa direção”.
Ela lembra que o embrião do Extra Classe surgiu no caldo dos grandes debates que marcaram o fim da ditadura militar no país e as décadas seguintes. “O jornalista Marcelo Menna Barreto, então assessor de comunicação do Sinpro/RS, concebeu o projeto, bastante ousado para o momento, e o defendeu para a direção colegiada. “A proposta do jornal teve um grande potencial de polêmica, assim como o conceito de Sindicato Cidadão adotado pelo Sinpro/RS naquele momento, conta Marcos Fuhr, diretor do Sindicato. “As vozes da ortodoxia o consideravam uma diluição da ação sindical e uma concessão aos valores liberais hegemônicos”, recorda.
Valéria destaca que o Extra Classe é uma publicação construída por muitas pessoas, um coletivo, como qualquer veículo de comunicação. “São jornalistas, cartunistas, colunistas, revisores, fotógrafos, diagramadores que emprestaram, ao longo dessa trajetória, o seu talento ao projeto”.
Os painelistas
Leandro Demori – Em 2019 liderou a cobertura do caso que ficou conhecido como Vaza Jato, vazamento de conversas travadas no aplicativo Telegram entre o ex-juiz Sérgio Moro e o promotor Deltan Dallagnol, além de outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato. É autor do livro Cosa Nostra no Brasil, a história do mafioso que derrubou um império, que conta a vida do mafioso italiano Tommaso Buscetta.
Cynara Menezes – Foi repórter em diversos veículos de comunicação, como Folha de São Paulo, Veja e Carta Capital. Em 2013 recebeu o Troféu Mulher Imprensa, na categoria Jornalista de Mídias Sociais. Apenas no Twitter, tem mais de 250 mil seguidores
Claudio Angelo – Tem 20 anos de experiência na cobertura das negociações internacionais de clima e da ciência climática. Em 2009, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (informação científica e tecnológica) e, em 2017, o Prêmio Jabuti (ciências da natureza, meio ambiente e matemática). Criou o fakebook.eco.br, plataforma que reúne o conhecimento essencial sobre os principais mitos, as distorções e os mal-entendidos que rondam o debate ambiental no Brasil.
Valéria Ochôa (mediação) – Editora-chefe do jornal Extra Classe desde 1998. Formada em jornalismo pela Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), tem especialização em Comunicação e Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e já passou pelas redações dos principais veículos do RS.