Viagra foi superfaturado pela Marinha, confirma TCU
Foto: Divulgação/Pfizer
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O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou superfaturamento na compra de comprimidos de Viagra feita pela Marinha para suprimento do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. A corte determinou a devolução de R$ 27,8 mil aos cofres públicos.
A decisão atende a representação feita pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Os parlamentares apontaram no ano passado que o superfaturamento do medicamento chegou a 143%.
“Enquanto o governo Bolsonaro deixou faltar até dipirona, o remédio mais básico para dor, nos hospitais públicos, liberou compra de Viagra com preço muito acima do de mercado para a Marinha. Esperamos que quem praticou esse crime seja responsabilizado e que cada centavo seja devolvido aos cofres públicos”, falou Vaz na ocasião.
Entenda
Em 7 de abriu de 2021 o Hospital Naval Marcílio Dias realizou a compra de 15 mil comprimidos de sildenafila 25 mg, o princípio ativo do Viagra, via Pregão Eletrônico.
O valor de cada comprimido saiu ao preço de R$ 3,65, contrastando com o valor médio do painel de preços do governo federal que era de R$ 1,81 para o mesmo produto no período.
Ainda chamou a atenção do TCU compra similar feita pelo Hospital Central do Exército.
Uma semana depois da Marinha, a força terrestre adquiriu também por Pregão Eletrônico comprimidos de sildenafila 25 mg ao preço unitário de R$ 1,50.
Agora, de acordo com a decisão do TCU, o hospital naval tem o prazo de 90 dias para que “adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e obtenção do ressarcimento do dano causado ao erário, em valores atualizados”.