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Empresa canadense salda calote de R$140 milhões com a Petrobras

A polêmica unidade de xisto no Paraná, privatizada dois meses antes de encerrar mandato de Jair Bolsonaro (PL), ainda tem suspeita de espionagem industrial envolvendo pai da juíza Gabriela Hardt
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 19 de julho de 2023
Empresa canadense salda calote de R$140 milhões com a Petrobras

Foto: Marco Charneski/Petrobras/Divulgação

A empresa canadense Forbes & Manhattan Resources Inc. adquiriu a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), localizada em São Mateus do Sul, no Paraná, em 2022, em processo de privatização ocorrido no final do governo Jair Bolsonaro

Foto: Marco Charneski/Petrobras/Divulgação

A empresa canadense Forbes & Manhattan Resources Inc. (F&M Resources) cessou o calote de cerca de R$ 140 milhões que estava dando na Petrobras e que motivou a paralisação das atividades da Six, A Unidade de Industrialização de Xisto localizada no município de São Mateus, PR, que pertencia à estatal e foi privatizada no apagar das luzes do governo Bolsonaro.

Sem condições técnicas para operar o negócio que comprou, a F&M Resources tinha um contrato de prestação de serviços com a própria Petrobras.

A regularização foi feita dias após a suspensão das operações pela estatal que só veio a receber a primeira prestação de seu contrato que era prevista para novembro de 2022 em abril deste ano.

A notícia foi dada em primeira mão pelo jornalista Leandro Demori para o ICL Notícias, canal jornalístico do Instituto Conhecimento Liberta no Youtube.

Responsável pela newsletter A Grande Guerra, Demori tem acompanhado de perto o nebuloso caso que envolve até denúncias de pirataria industrial na então Petrobras SIX com o protagonismo de funcionários aposentados da Petrobras que atuavam como consultores, como o pai da juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na Lava Jato, o engenheiro químico Jorge Hardt Filho.

Demori ainda registrou que foi informado pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que as investigações sobre a pirataria industrial na então unidade da Petrobras em São Mateus continuam.

“Escuta essa Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, sem corromper o sistema de acusação, sem fazer conluio ilegal, sem comunicação ilegal, sem se beneficiar indiretamente, o ICL, A Grande Guerra, a comunidade do ICL, em sete dias conseguiram devolver R$ 140 milhões aos cofres públicos brasileiros”, comemorou o jornalista alfinetando os líderes da Lava jato.

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