Brasileiros confiam mais nos seus professores
Foto: Agência Brasil
Professores são os profissionais mais confiáveis na visão dos brasileiros, segundo pesquisa global feita pelo Instituto Ipsos.
Com um índice de 64%, os docentes brasileiros se colocam 11 pontos acima da média dada a seus colegas dos 31 países analisados pela multinacional de pesquisas e consultoria de mercado com sede em Paris, França.
Na sequência dos integrantes do magistério nacional, cientistas, com 59%, 2% acima da média, e médicos, estes 2% abaixo da média que é 58%.
Jornalistas brasileiros, apesar de toda a campanha de descrédito promovida pela extrema direita, estão na quarta posição entre os profissionais no quais os brasileiros mais confiam. São nove pontos acima da média global, com 34% de confiabilidade.
No relatório da pesquisa Ipsos, o Brasil é o terceiro país que mais dá crédito ao seu magistério.
Somente ficaram à frente a Indonésia, com 74% de confiabilidade, e o Chile, com o mesmo índice do Brasil, 64%, mas que, por critérios de desempate, ficou na segunda posição.
O estudo aponta uma curiosidade. Países como Japão e Coreia do Sul, que têm culturas vistas no Ocidente como voltadas à valorização de seus mestres ocupam os dois piores níveis de confiabilidade, com respectivamente 20% e 34%.
Políticos e banqueiros, os menos confiáveis
No trabalho do instituto se vê também que políticos e banqueiros são os menos confiáveis para os brasileiros.
Enquanto os primeiros estão com um índice de confiabilidade de 20%, dois pontos acima da média global, os segundos estão seis pontos abaixo da média, com 19%.
Padres, pastores e líderes religiosos aparecem em seguida, com 39% de descrença entre os brasileiros. O número está abaixo da média global, de 40%.
O trabalho ainda aponta os magistrados brasileiros e as Forças Armadas do Brasil ocupando cada uma em seu segmento a 23ª posição do ranking do Ipsos.
Enquanto os juízes do Brasil têm 30% do crédito da população, em uma média global de 35%, as Forças Armadas têm 34% da confiança, com oito pontos abaixo da média apresentada entre os países pesquisados.
Mil brasileiros foram entrevistados entre 26 de maio e 9 de junho pelo Ipsos. No mesmo período, o instituto realizou entrevistas com pessoas de outros 30 países para a elaboração do ranking de confiabilidade global.