Nova proposta de cessar fogo e troca de reféns é aprovada após mísseis serem lançados sobre Tel Aviv
Foto: Abed Zagout/ Anadolu Agency
Israel concordou com os termos de um acordo para a libertação do restante dos reféns que estão sob poder do Hamas desde outubro de 2023. A informação é da inglesa Sky News e dá conta de reuniões que têm ocorrido em Paris entre o estado sionista, Estados Unidos, Egito e Qatar.
A notícia foi divulgada após sirenes de alertas terem soado em Tel Aviv e cidades próximas nesta segunda-feira, 29, alvos de bombardeios reivindicados pelo grupo de resistência islâmica.
Segundo a SKY News, a proposição deve ser encaminhada ao Hamas ainda hoje.
A lógica seguida é a mesma do acordo anterior. Pausas nos combates para entrega de ajuda humanitária à população cercada em Gaza e a troca de reféns por prisioneiros palestinos que estão nos cárceres de Israel sob a lei marcial do país.
Em novembro, mais de 100 reféns israelitas e 240 prisioneiros palestinos ganharam a liberdade durante armistício.
O Hamas ainda mantém mais de 100 reféns em Gaza, enquanto Israel, segundo seu serviço penitenciário, ainda submete 2.873 pessoas presas sob detenção administrativa em suas prisões.
A detenção administrativa é uma modalidade marcial israelense que permite a detenção de “pessoas suspeitas” pelo regime, sem maiores trâmites legais ou transparência.
Há entre os presos administrativos crianças, idosos e mulheres que participaram de protestos contra as ocupações realizadas por colonos judeus em zonas fora dos conformes dos acordos internacionais estabelecidos pelas Nações Unidas (ONU).
Kibutz atacado pede cessar-fogo
À medida que crescem as esperanças de um acordo para devolver os reféns, membros de um kibutz que foi atacado em 7 de outubro apelam por um cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
A reivindicação se dá especialmente por familiares de reféns do Hamas ainda detidos que têm organizado crescentes manifestações.
Liran Berman, tem irmãos gêmeos nessa condição, Gali e Ziv, 26 anos.
“Vemos que quando há um acordo, os reféns voltam, e nesse meio tempo, quando não há, apenas os corpos voltam”, afirma Berman.
Amit Soussana foi mantida refém em Gaza durante 55 dias após o ataque de 7 de outubro e está também entre os que clamam por um cessar-fogo.
Ela viu 12 dos 37 jovens que moravam em seu Kibutz serem mortos e sete raptados por militantes do Hamas.
Isto sem contar dois de seus vizinhos (Alon Shamriz e Yotam Haim) que conseguiram escapar do Hamas, mas acabaram mortos por soldados das próprias Forças de Defesa de Israel “por engano” em dezembro.