Governo aprova reconstrução de 318 municípios gaúchos
Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil
O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) aprovou 318 planos de trabalho dos municípios para resposta, restabelecimento e reconstrução das localidades afetadas pelas fortes chuvas de abril e maio no Rio Grande do Sul. Com isso, R$ 233 milhões estão sendo repassados pela União para as ações de Defesa Civil. Outros planos de trabalho estão em análise pela pasta.
Os números foram confirmados em Porto Alegre no início da semana pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista coletiva sobre as últimas ações do governo para ajuda ao estado. “Tudo que o município necessitar, o governo do presidente Lula – sob a liderança do ministro Pimenta – irá apoiar. Quantos milhões de reais forem necessários para ajudar a limpar, destinar o entulho, restabelecer a vida das pessoas, identificar o que precisa reconstruir; e para ser feito um bom plano de trabalho por parte da prefeitura, do governo do estado e até para as demandas do governo federal”, anunciou.
Limpeza e reconstrução
Góes orientou as prefeituras gaúchas a não aguardarem a água baixar totalmente para o município enviar ao ministério o plano de limpeza, pois a ação pode ser fracionada, começando por bairros já secos.
“Quanto mais rápido a gente for limpando cada área da cidade, fazendo o bota-fora, levando para o lugar devido o entulho que se perdeu, será melhor até para os planos de trabalho de retenção de águas”, recomendou.
O MIDR também anunciou a convocação de especialistas em planos de reconstrução de cidades e restabelecimento de serviços, treinados pela Secretaria de Defesa Civil Nacional, para reforçar a equipe que tem lidado com as prefeituras gaúchas. “Há muitos cálculos de engenharia necessários, entramos em outro nível de informação. Por isso, quanto mais próximos nós tivermos dos prefeitos para elaboração de planos de trabalho bem estruturados, mais rápido a gente pode aprová-los sumariamente, evitando diligências ou que estejam fora da realidade”, o que evitaria a reprovação do plano ou atrasos na análise, afirmou Waldez.
Mais chuvas
Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil
O RS deve ter mais chuvas e mudança nas temperaturas nos próximos dias. Na sexta-feira, 24, o sistema frontal avança em direção ao Nordeste do estado, provocando chuvas em maior volume sobre as regiões Metropolitana, Planalto, Serra e Litoral Norte. Na metade sul, o tempo deve se estabilizar à medida que um anticiclone migratório ingressa, Levando à queda das temperaturas.
No sábado, 25, o avanço do anticiclone migratório deve estabilizar o tempo em todo o RS e provocar a queda mais acentuada das temperaturas, com possibilidade de geada nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste.
No domingo, 26, o mesmo padrão deve se repetir em todo o estado, com probabilidade de chuva mais moderada sobre a Serra, a Região Metropolitana e o Litoral Norte, devido ao aporte de umidade oceânica do anticiclone migratório.
A tendência para o início da semana é de precipitação e estabilidade no tempo. Na segunda-feira, 27, a formação de um breve cavado invertido, ocasionado pela divisão do anticiclone migratório durante sua trajetória pelo RS e que pode evoluir para uma área de baixa pressão, deve provocar queda na pressão em superfície e provocar chuva mais volumosa sobre as regiões Sul e Campanha.
Na terça-feira, 28, esse sistema deve perder intensidade e causar chuva localizada na região da Serra, à medida que o sistema avança em direção ao oceano. Na maior parte do RS, as temperaturas devem cair e o tempo deve permanecer estável.
Na quarta-feira, 29, a tendência é de tempo estável. O volume de chuva previsto estará acima de 50 milímetros. A precipitação mais expressiva nos próximos dias é esperada principalmente para as regiões Sul, Central e Metropolitana, com volumes entre 100 e 200 milímetros.
Os dados são do Boletim Integrado Agrometeorológico 21/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar) e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).