Para 70% dos brasileiros, catástrofe ambiental poderia ser evitada e governos têm responsabilidade
Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
Na opinião de 70% dos brasileiros, a catástrofe ambiental que assola o estado do Rio Grande do Sul teria como ser evitada. E os principais responsáveis são os governos estadual e municipais. É o que aponta a pesquisa Genial/Quaest apresentada nesta quinta-feira, 9. A pesquisa tem como margem de erro 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com a mesma pesquisa existe uma dissociação, na opinião dos pesquisados, entre a responsabilidade pelo ocorrido e a atuação dos governos para mitigar os efeitos da tragédia. Apesar da grande responsabilidade atribuída pelos entrevistados, a maior parte avalia de forma positiva a atuação dos governos federal, estadual e municipais no enfrentamento das consequências para a população.
São 59% de avaliação positiva para a prefeitura da capital gaúcha, 54% avaliam bem a atuação do governo estadual e 53% aprovam a atuação do governo federal.
No topo da avaliação positiva fica a postura da população rio-grandense, com 88%, seguida por artistas e influenciadores (73%), lideranças locais (72%), igrejas (70%) e empresas (65%).
68% dos entrevistados responsabilizam o governo Eduardo Leite(PSDB) e 64% responsabilizam os governos municipais. Já 59% também responsabilizam o governo federal.
GOVERNO LULA – De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados avaliam positivamente a atuação do governo Lula (PT) na crise. Aqueles que consideram a atuação negativa representam 23%, enquanto 24% classificam como ‘regular’.
CLIMA – A pesquisa ainda indica que 64% da população entende que as mudanças climáticas causaram as cheias que já afetam cerca de 86% das cidades gaúchas.
Por outro lado, 30% veem a mudança climática como apenas uma das causas e 1%, não identifica nenhuma ligação.
Quase a totalidade dos entrevistados, 96%, registraram que os fenômenos naturais aumentaram em frequência e intensidade nos últimos anos.
Indagados sobre desastres ambientais em suas cidades relataram calor extremo (78%), inundações ( 44% ) ou enchentes e deslizamentos de terras (36%).
Conforme a pesquisa, desmatamento e poluição industrial (29%) são as principais atividades que influenciam nas mudanças do clima. Já, 22% indicam a ”ocupação desordenada nas cidades” e 20% o ”uso de combustíveis fósseis”.
Para 58% dos brasileiros, as alterações do clima foram motivadas por intervenção humana. Em dezembro de 2023, levantamento da Genial/Quaest registrava que 73% da população pensava dessa maneira.
A PESQUISA – A pesquisa Genial/Quaest ouviu de forma presencial 2.045 pessoas de 16 anos ou mais em todos os estados do país. O nível de confiança é de 95%.