GERAL

Delfim Netto morre aos 96 anos em São Paulo

Ex-ministro dos ditadores Costa e Silva e Médici, signatário do AI-5, ex-embaixador e deputado federal constituinte, economista estava hospitalizado desde o último dia 5 no Israelita
Da Redação / Publicado em 12 de agosto de 2024
Delfim Netto morre aos 96 anos em São Paulo

Foto: Salu Parente/ Agência Câmara/ Arquivo

Delfim Netto elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e exerceu mandatos parlamentares até 2007

Foto: Salu Parente/ Agência Câmara/ Arquivo

O economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto morreu na madrugada desta segunda-feira, 12, aos 96 anos, no Hospital Israelita Albert Einstei, em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 5 deste mês.

Em nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu enterro será restrito à família. Delfim Netto deixa filha e neto. A causa da morte não foi revelada. O comunicado informa que Delfim morreu “em decorrências de complicações no seu quadro de saúde”

Descendente de imigrante italianos, ele nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958.

Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP).

Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em 1966.

Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo Costa e Silva, para suspender direitos e garantias individuais.

Delfim Netto chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974.

Nos quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, em 1979, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo Figueiredo.

Delfim foi deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até 2007.

Comentários