Malafaia faz acordo judicial para evitar denúncia por crimes contra Felipe Neto
Foto: Marcos Corrêa/PR
O pastor bolsonarista Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, aceitou proposta de transação penal do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) para deixar de ser denunciado em dois processos de crimes de injúria e difamação praticados contra o youtuber e empresário Felipe Neto.
Segundo audiência realizada no último dia 23 na 9ª vara do Juizado Especial Criminal, Barra da Tijuca, o pastor deverá pagar 20 salários mínimos (R$ 24.240) para adquirir objetos e bens materiais para a Associação Solidários Amigos de Betânia. A instituição acolhe homens em vulnerabilidade social.
Apesar de estar presente na ocasião, lado a lado com Malafaia e seus advogados, o youtuber disse em suas redes sociais que achou pouco o valor.
Felipe Neto promete entrar na Justiça cível contra o pastor com pedido para que a indenização seja destinada para instituições que cuidem de pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade.
Os processos
O primeiro processo foi movido em 2019. Na época, Neto se revoltou contra a censura feita pelo então prefeito do Rio, Marcello Crivela (Republicanos), a uma História em Quadrinhos (HQ) temática LGBTQIA+ na Bienal do Livro. Neto comprou dez mil exemplares da publicação e a distribuiu gratuitamente.
Malafaia em vídeo chamou o influencer de “bandido” e “canalha” por “distribuir revista com cenas libidinosas”.
Um ano após, o pastor voltou a ofender o empresário. Ele se irritou com a presença de Neto em um debate com o ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso. O encontro era sobre a importância da inserção dos jovens na política.
Um novo vídeo de Malafaia acusou Neto de ser “lixo”, “produtor de fake news” e que o influencer “pervertia crianças através de seus vídeos”.