Otoni de Paula é condenado por associar Jean Willys a atentado contra Bolsonaro
Foto: Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
O deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB/RJ) foi condenado a indenizar o ex-deputado Jean Wyllys (PT) em R$ 20 mil por danos morais.
Como outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL/RJ), Otoni sugeriu em postagens nas redes sociais que Adélio Bispo teria ligações com Wyllys.
Bispo, que tem como diagnóstico transtorno delirante permanente paranoide foi o acusado pelo suposto atentado contra Bolsonaro no ano de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
A decisão foi homologada terça-feira, 26, no 5º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro e acresce ao valor juros e correção monetária desde a citação que teve início em 2020, quando começaram as fake news de Otoni.
“Não há dúvidas de que o réu extrapolou seu direito ao caluniar o autor, sem qualquer base verossímil, de ter participado da tentativa de homicídio do presidente da República”, afirma a decisão da juíza Marcia Santos Capanema de Souza.
Otoni e o caso Marcelo Arruda
Otoni de Paula é vice-líder do governo na Câmara dos Deputados.
Após o assassinato do guarda civil e dirigente petista Marcelo Arruda por um policial penal bolsonarista, em Foz do Iguaçu, Paraná, no dia 9 de julho, ele foi escalado por Bolsonaro para estabelecer uma ponte com a parte da família que apoia o presidente.
Pastor evangélico, de Paula já ameaçou receber militantes petistas “a bala”, durante discurso na tribuna da Câmara.
Essa não é a primeira condenação do parlamentar designado para comandar a tropa de choque de Bolsonaro na Câmara.
Em janeiro de 2021, Otoni de Paula foi condenado pela 44ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a indenizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em R$ 70 mil por danos morais.
O deputado fez publicações sobre o magistrado em suas redes sociais e chegou a chamar Moraes de “lixo” e “esgoto”.