JUSTIÇA

Investigado pela Polícia Federal, Luciano Hang já contabiliza três derrotas no mês de agosto

Além de ser condenado a indenizar o padre Júlio Lancelotti por danos morais, o empresário teve a suspensão de todas as autorizações para a construção de uma loja Havan no Centro Histórico de Blumenau
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 24 de agosto de 2022
Investigado pela Polícia Federal, Luciano Hang já contabiliza três derrotas no mês de agosto

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O ministro do STF Alexandre de Moraes, além dos mandados de busca e apreensão, também determinou bloqueio das contas bancárias do empresário, bloqueio das contas nas redes sociais, tomada de depoimentos e quebra de sigilo bancário investigado

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O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, não está tendo um bom mês de agosto. Além integrar a lista de empresários investigados pela Polícia Federal (PF) por seu envolvimento no grupo de WhatsApp que discutia um possível golpe de estado caso Lula (PT) vença as eleições, uma derrota dentro de Santa Catarina, seu estado natal, tornou-se conhecida.

No dia 22, uma decisão liminar determinou a suspensão de todas as autorizações (federal, estadual e municipal) e barrou a construção de uma loja Havan no Centro Histórico de Blumenau. Na semana passada, Hang ainda foi condenado a indenizar o padre Júlio Lancelotti em R$ 8 mil por danos morais.

No último 17 de agosto, a juíza Eliana Adorno de Toledo Tavares da 1ª Vara do Juizado Especial Cível Central de São Paulo não aceitou a alegação de que Hang, ao chamar o padre de bandido, seria apenas uma crítica “ácida”.

A declaração do bolsonarista se deu dentro do mesmo grupo Empresários e Política que motivou a recente ação de busca e apreensão, a quebra de sigilos bancários e telemáticos e as contas bancárias e sociais bloqueadas de oito empresários a pedido da PF que foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Agressão ao patrimônio histórico

A paralisação das obras da Havan em Blumenau foi um pedido do Ministério Público Federal, que vê no projeto arquitetônico das lojas uma agressão ao patrimônio arquitetônico e histórico da área em que pretende se instalar.

A juíza Rosimar Terezinha Kolm, da 1ª Vara Federal em sua decisão afirmou que a liminar pretende “salvaguardar o interesse coletivo e o patrimônio histórico e cultural (protegidos constitucionalmente) de Blumenau (o “Stadplatz” – na tradução literal “praça da cidade”)

Para a magistrada, documentos do processo de instalação da loja demonstram que “à primeira vista, tanto o Iphan quanto a FCC (Fundação Catarinense de Cultura) e o município aprovaram um projeto de construção que não é harmônico com o patrimônio histórico (…), mormente porque situado na região onde Blumenau nasceu”.

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