Psicóloga emite nota de esclarecimento sobre áudio vazado
Foto: Douglas Glier Schütz
Foto: Douglas Glier Schütz
A psicóloga Viviane Jacques Sapiro emitiu nota de esclarecimento por meio de seu advogado referente a áudio atribuído a ela que viralizou nas redes sociais na semana passada.
Baseado no teor do áudio, o Grupo Nuances Livre Expressão Sexual denunciou nominalmente a psicóloga no dia 14, ao Ministério Público Federal (MPF) – Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão. A gravação ainda está sendo analisada pelo MPF para averiguar alegados conteúdos homofóbicos, transfóbicos, racistas e de coação eleitoral. Na denúncia, o Grupo Nuances também destaca que o conteúdo induz a pânico social contra a comunidade LGBT.
A Dra. Viviane é psicóloga concursada no Hospital da Criança Conceição, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). No áudio atribuído à psicóloga, a locutora diz atender 500 crianças/mês via SUS e também pede voto em Jair Bolsonaro sob alegação de que caso o ex-presidente Lula vença as eleições “ocorreria o fim da civilização ocidental”, pois haveria um complô para incutir “ideologias de gênero nas crianças” e “cirurgias de mudança de sexo”.
“Como seu procurador constituído, venho esclarecer que, até o presente momento, não existe acusação em denúncia formalizada pelo Ministério Público em relação a suposta prática de atos homofóbicos, transfóbicos, racistas e coação eleitoral”, explica o advogado Pedro Logomarcino.
Segundo ele, a psicóloga vem sendo alvo de mensagens de discurso de ódio em redes sociais e que isso ocorreu após “suposto áudio de conteúdo privado atribuído a referida profissional ter vazado e estar sendo compartilhado de forma descontextualizada, sem qualquer consentimento e autorização”.
Após alguns contatos com a Dra. Viviane Jacques Sapiro e com seu representante legal nos dias posteriores à publicação de reportagem sobre o caso, nesta segunda-feira, 24 de outubro, o Extra Classe recebeu nota oficial de esclarecimento. Leia a íntegra da nota.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A pedido da Dra. Viviane Jacques Sapiro, como seu procurador constituído, venho esclarecer que, até o presente momento, não existe acusação em denúncia formalizada pelo Ministério Público em relação a suposta prática de atos homofóbicos, transfóbicos, racistas e coação eleitoral.
Impõe-se destacar que, recentemente, referida profissional vem sendo alvo de mensagens de discurso de ódio em redes sociais (a exemplo do Facebook, Instagram, grupos de Whatsapp e Telegram, dentre outras) após um suposto áudio de conteúdo privado atribuído a referida profissional ter vazado e estar sendo compartilhado de forma descontextualizada, sem qualquer consentimento e autorização.
Na hipótese de serem identificadas violações em relação a vida privada da referida profissional, bem como a sua honra, imagem, reputação ou perseguições de toda a ordem, inclusive as realizadas por meio de redes sociais, oportunamente, os autores das ofensas serão devidamente identificados e responsabilizados através das vias legais cabíveis.
Dr. Pedro Lagomarcino (OAB/RS 63.784)
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