Tiroteio em escola primária de Nashville, nos Estados Unidos, deixa saldo de sete mortos
Foto: Polícia Metropolitana de Nashville
Ação classificada nos Estados Unidos como active shooter event (evento de tiro ativo) resultou nessa segunda-feira, 27, na morte de três crianças, três adultos e a atiradora, uma mulher de 28 anos, em uma escola confessional privada na cidade de Nashville, estado do Tennessee, na região sudeste do país.
A informação foi dada pelo Vanderbilt University Medical Center à rede de TV americana CNN. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, são “vários pacientes” vitimados por “um agressor ativo”. Há possibilidade do aumento de mortes.
Segundo o Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal dos Estados Unidos, o conceito de “atirador ativo” representa “um ou mais indivíduos ativamente envolvidos em matar ou tentar matar pessoas em uma área povoada”, excluindo autodefesa, violência de gangues ou drogas, fogo cruzado e disputas domésticas.
O nome e as idades exatas das vítimas ainda não foram divulgados. Todos chegaram sem vida ao hospital.
A atiradora, inicialmente descrita como uma adolescente, era uma mulher de 28 anos. Armada com uma pistola e duas armas semiautomáticas, ela entrou atirando em uma área de convivência da escola. Depois dos disparos iniciais, ela foi cercada e morta pela polícia local. A polícia não ainda não apurou a motivação para o massacre.
O incidente é o 19º tiroteio ocorrido em uma escola ou universidade neste ano nos EUA.
Na semana passada, dois professores foram feridos a tiros por um aluno em uma escola de ensino médio em Denver, Colorado. O estudante se suicidou após o episódio.
The Covenant School, o colégio particular onde ocorreu o atentado é vinculado a Igreja Presbiteriana do Convênio.
Fundado em 2001, o estabelecimento ensina da pré-escola até a 6ª série e tem uma média de 200 alunos.
O modelo educacional “intencionalmente de pequeno porte” tem um professor para cada 8 alunos. A mensalidade custa em torno de US$ 16 mil por ano.
Informações do K-12 School Shooting Database, projeto que investiga casos de violência envolvendo armas de fogo no país (não exclusivamente em escolas), já ocorreram 89 tiroteios somente neste ano. Em 2022 foram 303 ocorrências, a maior incidência desde 1970.
No Brasil Nashville
Estudo que está em produção na Universidade de Campinas (Unicamp) registra que a violência verificada dentro das escolas brasileiras contabilizou 22 ataques desde 2002, sem contar o registrado nessa segunda-feira, em São Paulo com a morte da professora Elisabete Tenreiro, que eleva o total para 23
As mortes no país são, conforme o estudo, 24 estudantes, quatro professores e dois profissionais de educação.
De acordo com a Unicamp, as principais motivações dos ataques nas escolas brasileiras são vingança e raiva.
O perfil do responsável é em especial de usuários de cultura extremista.