JUSTIÇA

PF cumpre mandados de prisão contra CACs ou portadores de arma de fogo

Medidas serão permanentes contra CACs irregulares ou com mandado de prisão expedido e abrangem infratores da Lei Maria da Penha, abusadores sexuais e homicidas
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 4 de maio de 2023

Foto: Polícia Federal/ Divulgação

Operação da PF ocorre um dia depois do encerramento do prazo para recadastramento de CACs no Sinarm

Foto: Polícia Federal/ Divulgação

A Operação Day After, da Polícia Federal (PF), foi deflagrada no início da manhã desta quinta-feira, 4, com o objetivo de combater o porte e a posse ilegal de armas no país.

Os alvos são os colecionadores de armas, atiradores profissionais e caçadores (CACs) e outros portadores de armas de fogo que não preencham os requisitos legais de idoneidade para ter posse de armamentos e munições.

Em nota, a PF se reservou a não dizer o número exato dos mandados de prisão (preventivas, temporárias e definitivas) e de apreensão expedidos.

Genericamente, informou que “são dezenas” e que os presos estão sendo conduzidos às unidades da PF em todo o país.

A ação acontece um dia após o encerramento do prazo para recadastramento de armas de fogo no Sistema Nacional de Armas (Sinarm).

Segundo a PF, que é administradora do sistema, 99% das armas dos Cacs foram recadastradas.

No decorrer do dia, serão apresentados os resultados da operação.

CACs armados e perigosos

Os alvos da Day After são pessoas que não se enquadram nos critérios para ter o porte de armas e que tinham mandados de prisão anterior.

Entre as motivações, infração da Lei Maria da Penha, débitos de pensão alimentícia e casos de abuso sexual contra menores e homicídio.

“Uma vez que a existência de mandado de prisão quebra o requisito da idoneidade para obtenção do porte de arma de fogo, estão sendo adotadas medidas de apreensão cautelar de armamentos e documentos encontrados, para posterior processo de cassação de porte ou registro de arma de fogo, por parte da PF, além de comunicação ao Exército Brasileiro, para cassação das autorizações concedidas aos Cacs”, informa o comunicado da Superintendência da PF em Brasília.

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que anunciou a operação em sua conta no Twitter, esta será “uma linha permanente de trabalho da PF”.

A Polícia Federal, a Receita Federal e a Polícia Civil do Paraná também lançaram uma ofensiva na manhã desta quinta-feira, 4, para reprimir e desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional e interestadual de drogas com diversas ramificações no país.

Tráfico internacional de drogas

Foto: Polícia Federal/ Divulgação

Força-tarefe cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em oito estados em operação contra o tráfico internacional de drogas

Foto: Polícia Federal/ Divulgação

Uma força-tarefa com 350 policiais federais, 130 policiais civis e 25 auditores da Receita Federal, a Operação Downfall, está nas ruas para dar cumprimento a 30 mandados de prisão preventiva e 87 mandados de busca e apreensão em endereços situados nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo. A operação

Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado de aproximadamente R$ 1 bilhão.

As investigações revelaram que a organização criminosa constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico desde a produção da droga no exterior, seu posterior ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna, preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo.

Comentários