JUSTIÇA

PF faz operação contra quadrilha que fraudou a Caixa entre 2021 e 2022

As investigações foram iniciadas após o recebimento de informações oriundas da Caixa Econômica Federal sobre indícios de fraudes praticadas por meio da alteração nas credenciais de acesso ao sistema
Por César Fraga / Publicado em 28 de julho de 2023

PF faz operação contra quadrilha que fraudou a Caixa entre 2021 e 2022

Foto: Polícia Federal/Divulgação

Foto: Polícia Federal/Divulgação

Nesta sexta-feira, 28, a Polícia Federal (PF) cumpriu 30 mandados de busca e apreensão em 18 em cidades do estado do Pará, nove no entorno de Brasília/DF, dois no Maranhão e um em São Paulo no combate à quadrilha que desviou R$ 2,5 milhões da Caixa Federal entre janeiro de 2021 e março de 2022.

Foram identificados pelo menos 842 registros de ocorrência ilícita formalizados e denunciados por clientes junto ao banco. Cinco funcionários suspeitos de envolvimento foram afastados cautelarmente por determinação judicial.

A força-tarefa prendeu até o fechamento desta matéria três pessoas em flagrante (duas por posse ilegal de arma de fogo e uma por posse de droga) e foram apreendidos R$ 33.000,00 em dinheiro vivo e cinco automóveis.

As diligências foram deflagradas no âmbito da Operação Usuário Bloqueado, que também executa ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores, com o intuito de descapitalizar a estrutura criminosa e recuperar os ativos desviados.

Essas ações são desdobramentos da força-tarefa Tentáculos, que envolve a cooperação entre a Polícia Federal e instituições bancárias na repressão de fraudes bancárias eletrônicas.

PF faz operação contra quadrilha que fraudou a Caixa entre 2021 e 2022

Foto: Polícia Federal/Divulgação

Foto: Polícia Federal/Divulgação

As investigações foram iniciadas após o recebimento de informações oriundas da Caixa Econômica Federal sobre indícios de fraudes praticadas por meio da alteração nas credenciais de acesso ao sistema realizadas por empregados do banco. As alterações permitiam que o grupo criminoso transferisse valores para contas bancárias de terceiros integrantes da organização.

São investigados os crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.

A Operação Usuário Bloqueado é fruto de investigação que está sendo realizada pela Divisão de Investigação e Operações Especiais dentro da estrutura da Coordenação-Geral de Repressão a Crimes Cibernéticos da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (DIOE/CGCIBER/DCIBER/PF).

Em nota, a PF informa que “o combate aos crimes cibernéticos é uma prioridade e que está alinhada com as diretrizes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que ganha a devida relevância e estrutura com a criação da DIOE/CGCIBER/DCIBER/PF”.

Também em nota,  a Caixa informou  que as ações suspeitas foram identificadas graças ao monitoramento de segurança do banco, que acionou a PF para que apurasse os fatos. “Informações relacionadas aos casos de fraude e às ações realizadas pela área de segurança do banco para investigar e coibir ações criminosas possuem caráter sigiloso, sendo repassadas exclusivamente às autoridades policiais e de controle, tendo em vista risco de comprometimento de investigações em andamento”, acrescentou a assessoria do banco, destacando que a instituição promove constantes melhorias em seus sistemas de segurança.

“A Caixa possui estratégia, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento.

 

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