Dona Fátima, do vídeo “quebrando tudo” em Brasília, vai a julgamento
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Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, presa pela Polícia Federal por ter participado do quebra-quebra em Brasília promovido por bolsonaristas no dia 8 de janeiro deste ano, deverá ter sua situação analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre os dias 14 e 18 de agosto.
Caso a denúncia seja aceita, ela se tornará ré e poderá ser condenada em mais uma ação em sua extensa ficha corrida.
Segundo informado em primeira mão pelo Extra Classe, em 12 de janeiro Fátima já foi denunciada por falsificação, estelionato e condenada por tráfico de drogas.
Ela viralizou em um vídeo divulgado pelos golpistas “quebrando tudo” em Brasília no dia 8 de janeiro.
Na ocasião, Maria de Fátima gritou no meio de escombros: “Vamos para a guerra; vou pegar o Xandão agora!”.
Ao entregar as denúncias contra mais uma série de bolsonaristas envolvidos no tumulto protagonizado em 8 de janeiro, o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, Carlos Frederico Santos, defendeu uma “condenação exemplar” dos participantes dos atentados em Brasília.
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Em bloco
O STF está julgando em blocos os processos desde o fim de abril. Até o momento, 1.290 ações penais já foram abertas.
O próximo passo é a análise das possíveis condenações que serão dadas aos envolvidos nos ataques às sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do próprio STF.
O STF também vai analisar se abre ações contra José Fernando Honorato de Azevedo e o indígena José Acácio Serere Xavante.
Policial federal aposentado, Honorato foi preso em janeiro na terceira fase da Operação Lesa Pátria por suspeitas de participar dos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
Já José Acásio foi denunciado pela PGR por ter ameaçado ministros do STF, por invasão do terminal do aeroporto de Brasília e por ter convocado pessoas armadas para impedir a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Justiça Eleitoral.
Em dezembro de 2022, a prisão do indígena pela PF motivou a ação de vândalos bolsonaristas que incendiaram carros e ônibus e tentaram invadir a sede da PF em Brasília.