Operação da PF mira financiadores de acampamentos golpistas
Foto: PF/Divulgação
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 29, ações contra financiadores dos acampamentos que foram montados na frente de quartéis do Exército após as eleições presidenciais de 2022 e culminaram com a depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro do ano passado.
É a 25ª fase da Operação Lesa Pátria. Ao todo, conforme nota da PF, são 24 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e sete de monitoramento com tornozeleiras eletrônicas.
Os agentes da PF deram início aos trabalhos concomitantemente às seis horas da manhã no Distrito Federal e sete estados (Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins).
A ação, solicitada pela PF, recebeu o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) com o conhecimento da Procuradoria Geral da República (PGR).
A PF não informou seus alvos, mas dos três mandados de prisão, até o momento, já se registrou a detenção de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, proprietários do Melhor Atacadista, rede que atua no DF e em Goiás, com oito lojas, e do empresário Diogo Arthur Galvão, que já havia sido sido alvo de investigação em 2023, na primeira fase da Operação Lesa Pátria.
Apoio logístico dos acampamentos
De acordo com o que foi investigado pela Polícia Federal até agora, Mesquita e Andrade criaram um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro entre empresários para bancar o aluguel das lonas de bolsonaristas que ficaram na frente ao QG do Exército na Capital Federal.
Os atacadistas ainda faziam fornecimentos semanais de alimentos e água para os acampados.
Parte do pagamento do aluguel de banheiros químicos instalados para o uso dos presentes na Praça dos Cristais, Setor Militar Urbano (SMU), também saíram dos bolsos de Mesquita e Andrade.
Sobre a Lesa Pátria
A Operação Lesa Pátria foi deflagrada no ano passado após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Nesta 25ª fase, ainda foi determinada a indisponibilidade dos bens, ativos e valores dos investigados.
“As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos e pessoas capturadas”, registra da PF que informou sobre os atos desta quinta-feira.