JUSTIÇA

Alexandre de Moraes mantém prisão do general Braga Netto

Ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente derrotado em 2022, militar da general da reserva foi preso por participar de tentativa de golpe de Estado. Prisão foi mantida a pedido da PGR
Da Redação / Publicado em 26 de dezembro de 2024
Alexandre de Moraes mantém prisão do general Braga Netto

Foto: Isac Nóbrega/ PR/ Arquivo

General da reserva, ex-ministro e candidato derrotado na chapa de Bolsonaro, Netto foi preso por obstruir investigações da conspiração para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

Foto: Isac Nóbrega/ PR/ Arquivo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira, 26, manter a prisão do general Braga Netto, que foi detido no âmbito das investigações do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022. Moraes negou pedido da defesa do militar para substituir a prisão por medidas diversas.

Os advogados também alegaram que as acusações de que Braga Netto participou da trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam de fatos passados e não há contemporaneidade para justificar a prisão preventiva.

A decisão do ministro foi tomada após parecer enviado na sexta-feira, 20, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pela manutenção da prisão.

Para o procurador-geral, Paulo Gonet, permanecem válidas as razões que fundamentaram a prisão do general. Segundo Gonet, medidas cautelares não são suficientes para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.

No dia 14 deste mês, Braga Netto foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, que tramita na Corte.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e  da Defesa do governo de Jair Bolsonaro (PL), de quem foi candidato a vice na chapa derrotada das eleições presidenciais de 2022, estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.

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