A celebração do Dia Internacional dos Trabalhadores, em 1º de maio, foi marcada pela resistência à Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Vista como mais um poderoso mecanismo de dominação das grandes corporações multinacionais, a Alca na verdade pretende consolidar uma idéia dos Estados Unidos de controle do comércio centrado na lógica da globalização neoliberal que favorece as empresas trasnanacionais, tornando os demais países americanos dependentes da economia norte-americana. Em Porto Alegre, a celebração do Dia Internacional dos Trabalhadores (e não Dia do Trabalho como foi institucionalizado pelo governo e empresários) aconteceu no Parque da Redenção, junto ao Monumento ao Expedicionário, com manifestações contrárias aos desmandos neoliberais do governo FHC e, claro, contra a Alca. A manifestação foi organizada pela CUT e sindicatos filiados, UJS, UNE, Attac/RS, MST, além de diversos partidos políticos como PT, PC do B, PSB, PCB e PSTU.
História – Vale lembrar que o 1º de Maio foi estabelecido como o Dia Internacional dos Trabalhadores em 1891 pela Internacional Comunista em homenagem aos trabalhadores mortos na primeira Greve Geral, nos EUA, em 1886.
Oito horas de trabalho, oito horas de descanso e oito horas de lazer. Esta era a principal reivindicação dos trabalhadores americanos em 1886 que suportavam uma jornada de até 18 horas diárias. A greve levou milhares de trabalhadores às ruas. A repressão foi dura. Prisões, mortes, feridos e sindicatos incendiados. Num julgamento rápido, alguns líderes foram condenados à forca. Outros, a 15 anos de cadeia. Mais tarde, os processos foram revisados e os enforcados declarados inocentes, assim como foram libertados os condenados à prisão.
Os líderes mortos ficaram conhecidos como “Os mártires de Chicago” e o ato que organizaram no dia 1º de Maio de 1886 é lembrado no mundo inteiro.
Há 1 ano, com a venda da Cais e algumas ajudas, conseguiu arrendar uma casa onde mora agora com a família toda. O Francisco é como se fosse da família, todas as semanas vai lá na casa “cuidar da hortinha porque o dinheiro não chega para comprar tudo no mercado” e agora também já há uma neta e uma nora. A casa fica longe de Coimbra. De qualquer forma “vou todos os dias para ver se levo qualquer coisinha”, diz ela. Já Francisco, hoje em dia, trabalha numa pensão, “já há 13 meses”. Trabalha de noite e vende a Cais de dia. “Muitas vezes o que ganho é para a família da Olívia, eles precisam… mesmo com alguns filhos já trabalhando, mas os rapazes também querem comprar as suas coisinhas.” Francisco já está integrado sócio-profissionalmente mas agora quer ajudar a Olívia. “O passado foi passado, agora a minha vida é esta e eles são como se fossem a minha família.”