Em assembleia, servidores decidem paralisar por três dias
Reunidos em assembleia geral unificada no dia 18 de agosto, os servidores públicos estaduais decidiram pela paralisação de três dias a partir do dia 19 de agosto. A deliberação ganhou adesão de professores estaduais, policiais civis, agentes de saúde, entre outros. A paralisação é uma resposta ao governador José Ivo Sartori (PMDB) pelo parcelamento dos salários do funcionalismo e aos projetos de ajuste fiscal encaminhados à Assembleia Legislativa (AL), como a fusão e extinção de Autarquias e Fundações e aumento de impostos.
Foto: AsCom Sinpro/RS
Mais de 30 mil servidores e entidades sindicais estiveram no encontro, que lotou o centro da capital, segundo a Brigada Militar. Ainda pela manhã, as diferentes categorias estiveram reunidas em reuniões paralelas para deliberações e propostas que seriam encaminhadas a votação na reunião à tarde. Após diversas manifestações de repúdio às ações do governo, os servidores saíram em caminhada até a AL, onde um grupo ocupou o plenário.
Até o final da tarde o governo não havia se manifestado, uma nota deve ser emitida após reunião de cúpula que avaliará as manifestações. De acordo com a coordenação da Assembleia Unificada, se o salário dos servidores não for depositado até dia 31 de agosto, está prevista nova paralisação entre os dias 1º e 3 de setembro.
Em coletiva à imprensa, no início da noite, o governador José Ivo Sartori, visivelmente irritado, ameaçou cortar o ponto dos servidores e descontar os dias de paralisação, o que provocou manifestações de repúdio por parte de lideranças das categorias do funcionalismo.