Agricultores sem-terra inauguram silos e agroindústria vegetal
Foto: Divulgação/ MST
Famílias de trabalhadores rurais associadas da Cooperativa de Produção Trabalho e Integração (Coptil) comemoraram no último sábado, 19, a conclusão de silos para secagem e armazenamento de grãos e uma agroindústria vegetal junto ao Assentamento Conquista da Fronteira, no município de Hulha Negra, região da Campanha do Rio Grande do Sul. A estrutura, construída nos últimos dois anos, irá beneficiar diretamente 147 famílias da cooperativa. A entrega do sistema de silagem e da agroindústria aos cooperativados contou com a presença de lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto, de prefeitos, vereadores e deputados estaduais, além de representantes da Emater/RS-Ascar e da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural (SDR).
De acordo com o diretor administrativo da Coptil, Emerson Francisco Capelesso, a unidade de recebimento, processamento e armazenamento de grãos e a agroindústria vegetal irão possibilitar à cooperativa a inserção de seus alimentos num mercado mais amplo, a partir da industrialização da produção dos assentamentos, especialmente do município de Hulha Negra, onde há 29 áreas da Reforma Agrária. Também representam geração de trabalho e renda para as famílias associadas. “A concretização desses sonhos viabiliza a produção diversificada, a industrialização e a comercialização dessa produção, com geração de emprego e renda para as famílias. Nós poderemos envolver os jovens e mais mulheres nas atividades e, com isto, potencializar o desenvolvimento regional”, destacou Capelesso.
Foto: Letícia Stasiak/ MST Divulgação
A unidade de silos tem capacidade para receber 32 toneladas por hora e de secagem de 5 mil sacas por dia, além de armazenar 30 mil sacas de grãos. Segundo ele, a prioridade é o armazenamento de arroz, milho e trigo para processamento, porém, a estrutura também será utilizada para armazenar aveia, azevém, linhaça e sorgo. O empreendimento teve financiamento de R$ 1,3 milhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e vai gerar inicialmente empregos e vagas temporárias.
A agroindústria vegetal teve investimento de R$ 220 mil do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) e vai garantir inicialmente dez postos permanentes de trabalho. No local serão produzidos doces, conservas, kits sopas, saladas e aipim embalados à vácuo e batata em palito congelada, entre outros alimentos minimamente processados, para serem comercializados via Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
*Com informações do MST
Leia mais sobre o tema:
MST colheu 27 mil toneladas de arroz sem veneno