IPA: atrasos, não comparecimentos e paralisação de funcionários
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O Centro Universitário Metodista (IPA) enfrenta mais uma paralisação por atrasos salariais. No final de março, os funcionários técnico-administrativos da instituição decidiram pela greve, iniciada em 1º de abril, após o não pagamento do salário de fevereiro. A prática já havia sido adotada pelos professores que, em um ano, paralisaram por três vezes, sempre motivados por pendências salariais. Ainda no início de abril, buscando solucionar a crise enfrentada pelo IPA, o Sinpro/RS teve a primeira reunião com a nova Reitoria da instituição.
Os representantes do Sindicato e uma comissão de professores foram recebidos pelo novo reitor, professor Marcos Wesley da Silva, empossado em março deste ano, após a saída de Norberto da Cunha Garin. Esta foi a segunda substituição de reitor em menos de um ano na instituição. Wesley ouviu relatos dos docentes com a visão crítica sobre os últimos acontecimentos no IPA, em especial os atrasos salariais, a deterioração das condições de trabalho e as pendências rescisórias de mais de 40 professores.
O reitor destacou que o IPA é uma instituição operada pela Rede Metodista de Ensino, por decisão conciliar da Igreja Metodista, fato que não será modificado até que haja novo concílio, o que deve acontecer em 2021. Por esse motivo, a Reitoria não tem autonomia de gestão da instituição. Wesley manifestou ainda suas expectativas positivas de recuperação do IPA, sem especificar como isso ocorrerá, mas afirmou que manterá o diálogo com todos os envolvidos. Questionado sobre o pagamento do salário de fevereiro, afirmou não ter condições de assegurar o pagamento na data prevista, 5 de abril. Caso não se confirme o pagamento, o Sinpro/RS convocará nova assembleia de professores.
Audiência Pública – A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do RS (Alergs) realizou no dia 19 de março uma Audiência Pública para tratar dos problemas enfrentados pelo Centro Universitário. A Reitoria do IPA, a direção da Rede Metodista de Educação e a Igreja Metodista, convidados para a audiência, não compareceram. O encontro foi realizado a pedido do Sinpro/RS e contou com a presença de professores, estudantes e representantes do Sindicato.
Como encaminhamentos da audiência, as deputadas Luciana Genro (PSol) e Sofia Cavedon (PT) e o deputado Juliano Franczak – Gaúcho da Geral (PSD), decidiram, com a anuência dos demais participantes, que a Comissão de Educação enviará ofício ao Ministério Público do Trabalho (MPT), relatando a audiência e reforçando a necessidade da ação do MPT no caso. Também será encaminhado ofício em nome da presidência da Alergs, manifestando contrariedade com a ausência dos dirigentes da Instituições Metodistas na Audiência. A Comissão encaminhará pedido de reunião com a nova Reitoria do IPA.