Cortes são políticos, diz reitor da Ufrgs
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“Trata-se de um condicionamento de teor político. Não somos contra ou a favor de nenhum governo, somos a favor da educação”, afirma Rui Oppermann, reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Ele diz que a mobilização de hoje é decorrente da indignação da comunidade. “Essa voz é um importante recado que deve ser visto e ouvido de forma propositiva e não reativa. Queremos contribuir. É uma oportunidade de pensar”, analisa.
O bloqueio previsto na Ufrgs é de 32% e os números do impacto serão apresentados na sexta-feira, 17, às 8h30, no conselho Universitário, adianta o reitor.
Para Oppermann, nesses quatro meses se criou um falso debate sobre assuntos ideológicos sem que tenha sido apresentado qualquer projeto para nenhuma área da educação.
“Não se vê nenhuma ação. O que se vê é um ataque de fundo ideológico. Muitas notícias falsas e uma visão estreita do que é uma universidade. É uma cortina de fumaça, criando um falso antagonismo entre educação básica e superior, como se fossem concorrentes. O MEC tem que garantir o funcionamento de todos os níveis e ser indutor de políticas essenciais para o presente e o futuro do país”.
Segundo o reitor, o período do ministro Ricardo Vélez foi um período perdido. Há um imobilismo, que tende a se repetir com o novo ministro. Rui Oppermann tem insistido em suas entrevistas que o ministro conheça as universidades. “Convido o ministro a conhecer a Ufrgs e ver como uma universidade interage e contribui com sua produção de conhecimentos imprescindíveis para a sociedade em todas as áreas”, conclui.
ATOS – No início da tarde deste desta quarta-feira, 15, está previsto ato de estudantes e docentes na Faculdade de Educação (Faced) da Ufrgs, que depois deverá se juntar ao grande ato marcado para às 18h no centro de Porto Alegre.