MOVIMENTO

Entidades preparam Greve Nacional da Educação

Prevista para o dia 15 de maio, a paralisação será um protesto contra a Reforma da Previdência e o desmonte da educação
Da Redação / Publicado em 6 de maio de 2019
Cpers, Sinpro/RS, Andes, UNE, Adufrgs, Assufrgs, APG Ufrgs e Sinasefe IFSul debateram ações conjuntas para dialogar com a sociedade

Foto: Divulgação/Cpers

Cpers, Sinpro/RS, Andes, UNE, Adufrgs, Assufrgs, APG Ufrgs e Sinasefe IFSul debateram ações conjuntas para dialogar com a sociedade

Foto: Divulgação/Cpers

No último dia 3 de maio, representantes da comunidade universitária, institutos federais, entidades estudantis e educadores da rede pública e privada reuniram-se no Cpers Sindicato para organizar no RS a mobilização da Greve Nacional da Educação, convocada para o dia 15 de maio pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

A convocação inicial tinha como mote a insatisfação dos trabalhadores do segmento educacional com a Reforma da Previdência, mas ganhou novas bandeiras a partir dos anúncios de cortes das verbas federais para educação superior e básica.

As entidades pretendem aproveitar a pauta para chamar atenção da sociedade para o desmonte da educação que está em curso em todos os níveis da educação, e acumular forças para construir a greve geral do dia 14 de junho em defesa da aposentadoria.

Estiveram presentes representantes do Cpers, Sinpro/RS, Andes, UNE, Adufrgs, Assufrgs, APG Ufrgs e Sinasefe IFSul debateram ações conjuntas para dialogar com a sociedade e realizar atos unificados na capital e no interior.

“Como professores estaduais, não temos como deixar de falar dos ataques à universidade pública. Nós trabalhamos para que os alunos acessem o ensino superior e o povo precisa entender que estão atacando o futuro dos seus filhos”, explica a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

De acordo com Margot Andras, diretora do Sinpro/RS, a investida contra a educação também atinge o ensino privado e só pode ser combatida com uma ampla aliança com a comunidade escolar e acadêmica. “Precisamos levar o debate às maiores escolas, defendendo uma educação livre, laica e não amordaçada”, pontua.

Para a professora Neiva Lazaroto, da Intersindical, a força da mobilização do dia 15 é crucial para criar as condições para a greve geral em junho. “Esses próximos meses são decisivos para o futuro de décadas”, disse.

Na capital, as ações devem ocorrer de forma descentralizada, com aulas públicas nos bairros, e culminar em uma manifestação conjunta com concentração em frente à Faced, da Ufrgs, no Campus Centro.

“Vamos fazer das universidades palcos de grandes manifestações. A Federal é o símbolo da entrada e da continuidade no ensino superior para milhares de pessoas. Precisamos fazer ecoar que este é um ataque a toda a população”, define Filipe Eich, coordenador-geral da UEE-Livre.

O cronograma completo de ações será concluído e divulgado ao longo da semana. As entidades reúnem-se novamente no dia 10 para encaminhar a agenda de lutas.

 

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