MOVIMENTO

Ativistas fazem ocupação simbólica de loja da Havan

Para pagar compras, manifestantes apresentaram cheque simbólico no valor de R$ 168 milhões, montante que o empresário Luciano Hang deve à Receita Federal e ao INSS
Por Gilson Camargo / Publicado em 4 de julho de 2019
Manifestantes fizeram compras na filial da Havan de Itaquaquecetuba (SP) e ofereceram como pagamento cheque simbólico no valor que o empresário Luciano Hang sonegou da Receita Federal e do INSS

Fotos: Facebook/ Reprodução

Manifestantes fizeram compras na filial da Havan de Itaquaquecetuba (SP) e ofereceram como pagamento cheque simbólico no valor que o empresário Luciano Hang sonegou da Receita Federal e do INSS

Fotos: Facebook/ Reprodução

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram um protesto inusitado na manhã desta quinta-feira em uma das lojas da rede de varejo Havan, do empresário Luciano Hang. A manifestação Ocupa Havan! começou por volta de 11h na filial de Itaquaquecetuba, localizada no shopping do município. Um grupo de 50 manifestantes entrou no estabelecimento e escolheu diversos produtos, sob o olhar atento dos seguranças.

Ao chegarem ao caixa, os manifestantes apresentaram um cheque simbólico no valor de R$ 168 milhões como forma de pagamento de roupas, eletrônicos e brinquedos que haviam separado em carrinhos. O valor corresponde às dívidas do empresário com a Receita Federal e o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). “É preciso expor a hipocrisia de caloteiros que defendem a reforma da Previdência”, afirmou em uma rede social o líder do MTST, Guilherme Boulos.

Eleitor de Bolsonaro, o empresário Luciano Hang se notabilizou por obrigar seus funcionários a fazer campanha eleitoral e votar no candidato do PSL ao mesmo tempo em que atacava adversários em vídeos caseiros e aparições públicas – Lula, Dilma e o próprio Boulos. Ultimamente, ele tem feito marqueting para a reforma da Previdência, com ataques ao INSS do qual ele figura como um dos maiores sonegadores. Hang, que tem patrimônio avaliado em 2,2 bilhões responde judicialmente por violações da legislação eleitoral, sonegação fiscal e outros crimes. Em fotos do empresário espalhadas pelas lojas e nas camisetas dos funcionários, o lema da Havan: “O Brasil que queremos só depende de nós”. Sua rede de varejo tem 22 lojas em São Paulo e mais de cem no país, sendo duas em Caxias do Sul e Passo Fundo, no RS, expansão obtida à base de recursos públicos e sonegação.

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