Sábado terá carreata em Porto Alegre e atos antiBolsonaro em todo o país

Foto: Igor Sperotto

Protestos nos finais de semana começaram no dia 23, pedindo o afastamento do presidente e por ampla vacinação

Foto: Igor Sperotto

Pelo terceiro final de semana consecutivo, a Cetral Única dos Trabalhadores (CUT), centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda promovem mobilizações pelo país neste sábado, 6, pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do vice, general da reserva do Exército, Hamilton Mourão. A pauta de reivindicações inclui a volta do auxílio emergencial e a intensificação da campanha de vacinas contra a covid-19. Às vésperas de completar um ano de pandemia, o país está entre os oito que menos vacinaram até agora, com 2,5 milhões de doses aplicadas para uma população de 212,7 mil pessoas.

Para reivindicar o retorno da renda mínima, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizaram o Dia Nacional de Luta pelo Auxílio Emergencial.

Estão programados carreatas, bicicletadas, atos públicos e ações nas redes sociais para “denunciar o caos, o desgoverno e o descaso de Bolsonaro, que ignora o drama de milhões de famílias enlutadas e das que não têm dinheiro sequer para comer, e das que podem ter problemas para se alimentar por causa da disparada da inflação”, informou a direção da CUT Nacional.

“A CUT estará junto com as centrais sindicais, as frentes e os partidos políticos progressistas num ato de solidariedade pedindo o retorno do benefício emergencial em diversas regiões do país. Só com a saída deste assassino do poder, o país vai resgatar sua dignidade e dar condições mínimas de enfrentamento à pandemia e faze a economia voltar ao seu rumo para garantir empregos para a população. Só que para isso será preciso muita mobilização”, disse Roni Barbosa, secretário de Comunicação da entidade.

Em resolução publicada nesta sexta-feira, a executiva nacional da CUT decidiu intensificar, junto com as demais centrais e frentes populares, o combate à reforma administrativa e às privatizações e reforçar a campanha pela abertura de processo na Câmara para o afastamento de Bolsonaro e Mourão, conforme os mais de 60 pedidos de impeachment protocolados.

“Precisamos buscar o apoio e o engajamento nessa luta de todos os setores da sociedade que concordem com a base da nossa unidade: vacinação para todos e todas em defesa do SUS; a volta imediata do auxílio emergencial, manutenção da proteção aos empregos e Fora Bolsonaro, Impeachment Já, visando ampliar e construir uma frente democrática e popular, com potencial de mobilizar a população e viabilizar o impeachment”, diz trecho da resolução.

Concentração e carreata em Porto Alegre

Foto: CUT-RS/Divulgação

Carreata de 23 de janeiro mobilizou mais de mil veículos pelas ruas de Porto Alegre

Foto: CUT-RS/Divulgação

Em Porto Alegre, a CUT-RS vai organizar concentração e a terceira carreata na capital. Na pauta de reivindicações, a aquisição de vacinas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) para garantir a imunização dos gaúchos diante da inércia do governo federal. O RS recebeu, até o momento, somente 511 mil doses de vacina contra o coronavírus, porém aplicou apenas cerca de 200 mil doses. O movimento também reforça a luta pelo retorno do auxílio emergencial e o impeachment de Bolsonaro. A concentração será às 16h, na esquina da Avenida Sertório com a Rua Dona Alzira, ao lado do hipermercado BIG, na zona norte da capital.

O Estado já registra mais de 10,8 mil mortes e mais de 557 mil infectados pela covid-19. No Brasil já são mais de 228 mil vidas perdidas e mais de 9,4 milhões de contaminados diante do descaso de Bolsonaro com a proteção da saúde das pessoas, ressalta a entidade.

“Temos que continuar pressionando nas redes e nas ruas, respeitando as orientações sanitárias, para garantir vacinação em massa da população, auxílio financeiro para quem perdeu renda na pandemia e afastamento do presidente negacionista e genocida”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

O dirigente lembrou que, na retomada do ano legislativo, o presidente foi ao Congresso Nacional e não anunciou medidas para recuperação da economia e geração de empregos, assistência aos mais vulneráveis em meio à pandemia e preservação da saúde e da vida dos brasileiros. Para Bolsonaro, disse, as prioridades são outras, como a flexibilização do porte de armas, a exploração de minerais em terras indígenas, a redução dos recursos para áreas como saúde, educação e assistência social, as privatizações e a reforma administrativa que pode acabar com os serviços públicos no Brasil.

“Só com a pressão da sociedade será possível derrotar esse governo de morte e sua agenda de retirada de direitos, desmonte do estado e entrega do patrimônio público para as multinacionais”, ressalta Amarildo.

ATOS NAS CAPITAIS
Natal/RN – carreata saindo às 8h da Praça Gentil Ferreira, Alecrim.
Porto Alegre/RS – carreata com concentração a partir das 16h, na esquina da Avenida Sertório com a Rua Dona Alzira, ao lado do hipermercado BIG, na zona norte da capital gaúcha.
Recife/PE – bicicletada, saindo as 8h30 da Rusa Frei Cassimiro (Largo Santo Amaro).
Teresina/PI – 8h, Parque do Lagoas do Norte. Ato com carro de som no Parque Lagoas do Norte e entrega simbólica de cestas básicas na comunidade Quilombo da Boa Esperança.

ATOS NAS DEMAIS CIDADES E DISTRITOS
Bauru/SP – carreata pelo #ForaBolsonaro, a partir das 9h, com concentração na Praça da Paz // Ato no Facebook: https://fb.me/e/22ISXRFOi
Betim/MG – às 10h no Ginásio Poliesportivo Divino Braga.
Campinas/SP – carreata a partir das 10h, com concentração na Lagoa do Mingone.
Contagem/MG – às 10h na Praça Irmã Maria Paula.
Petrolândia/Contagem/MG – Rua Refinaria Duque de Caxias.
Venda Nova/Distrito de Belo Horizonte – às 10h na Av. Cristiano Machado, 10140