Lava Jato deixa saldo negativo de R$ 172 bilhões e 4,4 milhões de desempregados
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O desemprego de 4,4 milhões de trabalhadores e a perda de R$ 172 bilhões em investimentos no Brasil foi o saldo da Operação Lava Jato. Essa foi a conclusão de um estudo inédito que será apresentado na terça-feira, 9, pelo presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, e pelo coordenador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fausto Júnior.
A pesquisa que será detalhada em coletiva online é fruto de um ano de estudo científico elaborado pelo Dieese a pedido da maior central de trabalhadores do país.
Segundo fontes da CUT, o trabalho é pioneiro no uso de estatísticas econômicas oficiais do Brasil e dados da própria operação Lava Jato.
Custo Lava Jato
Nessa segunda-feira, 8, a colunista da Folha de São Paulo, Mônica Bergamo, informou que os recursos que deixaram de ser investidos no país em decorrência da Operação liderada pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, e pelo Procurador Deltan Dallagnol “equivale a 40 vezes os R$ 4,3 bilhões que o Ministério Público Federal diz ter recuperado com a operação”.
O Brasil, segundo a colunista deixou assim de arrecadar R$ 47,4 bilhões em impostos, “sendo R$ 20,3 bilhões em contribuições sobre a folha de salários”.
A Operação Lava Jato foi dissolvida pelo Ministério Público Federal (MPF) em fevereiro deste ano.
Escândalo judicial
Tanto o ex-juiz Sergio Moro quanto Deltan Dallagnol e demais procuradores que integravam a “Força Tarefa” de Curitiba agora protagonizam o que está sendo considerado por grandes veículos da imprensa internacional como o maior escândalo judicial do mundo.
As conversas que compromete a isenção dos integrantes se tornaram públicas por um hacker e foram atestadas como verídicas pela Polícia Federal mas não podem ser usadas para incriminar os envolvidos por terem sido captadas de forma ilegal, apesar de poderem contribuir para a anulação dos julgamentos protagonizados por Moro.
Os diálogos mostram acertos entre os procuradores e o então juiz para perseguir politicamente o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva que acabou preso e, com seus direitos políticos cassados, não podendo concorrer à presidência da República em 2018.