MOVIMENTO

Professores estaduais protestam em frente ao Piratini por reposição salarial

Com salários defasados devido à inflação acumulada desde 2014, ano do último reajuste, magistério estadual pressiona governo do estado por reposição de 45%
Por Redação / Publicado em 13 de agosto de 2021

Sem reajustes desde 2015, magistério estadual reivindica 45% de reposição

Foto: Igor Sperotto

Professores da rede pública estadual de diferentes regiões do estado protestaram em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira, 13, por reposição salarial. O último reajuste salarial da categoria ocorreu em 2015. No decorrer dos últimos sete anos em que os professores ficaram sem reajuste, a inflação acumulada chegou a 45,05%. O Cpers-Sindicato entregará ao governo e aos deputados as cerca de 300 moções de apoio à reposição aprovadas em Câmaras Municipais de todo o estado.

Mobilização começou cedo em frente ao Palácio Piratini, com a chegada de caravanas do interior

Foto: Igor Sperotto

“Precisaríamos, hoje, de uma reposição de 45,05% para ficar no empate com a situação de sete anos atrás. Porém, a cesta básica, em Porto Alegre, subiu mais de 80%. Do jeito que está, não dá mais. Estamos quase pagando para trabalhar. Então, o que pleiteamos é o mínimo: que o governo leve a educação a sério e sente para negociar. Queremos uma proposta de recomposição e, a partir dela, chegar a um valor que nos dê tranquilidade para viver e não apenas sobreviver”, destaca a presidente Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

Em frente à sede do governo, professores e professoras com bandeiras, faixas e cartazes pediram reposição salarial, valorização e respeito à categoria em palavras de ordem dirigidas ao governador Eduardo Leite (PSDB) e ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A mobilização também chamou a atenção para os retrocessos contidos na PEC 32/2020, da reforma administrativa.

A matéria foi tema de seminário pela manhã em sessão da Comissão Especial da Câmara instalada na Assembleia Legislativa. A dirigente do Cpers alertou que a reforma penalizará tanto os servidores quanto a sociedade. “Mais do que um ataque aos servidores, é um ataque a população brasileira. A educação, assim como a saúde, são um grande filão para o mercado”, disse Helenir.

 

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