Movimento traça novos ações em defesa do prédio histórico do Instituto de Educação
Foto: Arquivo Pessoal/Ceniriani Vargas da Silva
Em reunião realizada na noite desta segunda-feira, 31 de janeiro, o Movimento em Defesa do Instituto de Educação General Flores da Cunha (IE), de Porto Alegre, RS, traçou os novos rumos de sua ação para que a tradicional instituição de ensino continue com o foco original do projeto de restauro.
Representantes da comunidade escolar do IE, entidades de classe, ex-alunos e professores são contrários ao projeto do Piratini de instalar no local iniciativas como o Museu Escola do Amanhã. O passo agora, além de continuar pressionando para uma audiência com o governador Eduardo Leite (PSDB), é ampliar as informações do impasse para a sociedade gaúcha.
No último dia 18, Leite assinou em um cerimonia uma ordem de serviço para reiniciar as obras de restauro do prédio que é tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado. Nenhum representante da comunidade escolar do IE foi convidado para o ato.
Em outubro passado, Extra Classe revelou que o governador assinou na Espanha um protocolo de entendimento para a concepção do projeto com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), entidade privada que é responsável pela gestão de centros culturais públicos como o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro.
Segundo Maria da Graça Ghiggi Moralles, presidente da Comissão de Restauro do IE, a ideia é exatamente “divulgar o nosso lado da história”. Para esse passo, o movimento definiu que no próximo dia 9 ocorrerá na sede provisória do IE desde 2016 (Rua Cabral, em Porto Alegre), uma coletiva de imprensa.
Audiência
O movimento também continua em sua saga para realizar uma audiência com o governador Eduardo Leite. Desde outubro há uma solicitação ainda não respondida.
“Semana passada aproveitei um ato no Piratini e entreguei ofício nas mãos do Leite”, diz Ceniriani Vargas da Silva, presidente do Conselho Escolar do IE. Ela se refere a um documento que reforça a solicitação da audiência.
O governador, segundo Ceniriani, repassou a solicitação para um assessor. “Será que ele vai continuar nos ignorando?”, indaga.
Em 11 de janeiro passado o movimento conseguiu se reunir com a secretária de Educação Raquel Teixeira (PSDB-GO), após mais de dois meses de espera.
No dia seguinte, 12, em uma reunião na Casa Civil do governo, o movimento entregou um abaixo-assinado solicitando o retorno das obras de restauro do IE que foram paralisadas no início do atual governo e solicitaram a intervenção do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior (PSDB) para a realização da audiência com o governador.