Professores do estado protestam em frente ao Palácio Piratini
Foto: Cpers/ Reprodução
Após assembleia realizada no início da tarde desta sexta-feira, 1º de abril, em frente ao Colégio Júlio de Castilhos, pelo Cpers-Sindicato, professoras e professores estaduais seguiram em caminhada pela avenida João Pessoa em direção ao Palácio Piratini, no centro de Porto Alegre.
No local, o magistério estadual irá divulgar os próximos passos da mobilização. Na caminhada, os manifestantes exaltaram em faixas, cartazes e palavras de ordem “as mentiras do ex-governador Eduardo Leite (PSDB)”, que antes de deixar o cargo anunciou que havia concedido 32% de reajuste aos professores.
Dia da Mentira
Foto: Cpers/ Reprodução
De acordo com o Cpers, somente 14% dos educadores estaduais receberam essa faixa de reajuste. Na quinta-feira, 31, o governo anunciou que a correção geral sobre o salário dos servidores públicos do Rio Grande do Sul será de 6%, de acordo com projeto que o Executivo encaminhará para a Assembleia Legislativa. “Eduardo Leite mente e sabe que mente”, exaltaram lideranças do alto do carro de som que puxou a marcha.
“Estamos em situação de penúria, vivemos o pior momento da história do magistério no RS”, desabafou uma professora. Por volta das 17h teve início a concentração na Praça da Matriz, em frente à sede do governo estadual. No início da manifestação, a presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Schürer passou a enumerar as declarações do ex-governador. A cada afirmação, os manifestantes respondiam em coro: “é mentira!”. “Vamos botar nosso time em campo e derrotar quem nos derroutou nesses últimos cinco anos”, afirmou a dirigente.
O funcionalismo estadual reivindica 55,07% de reajuste, considerando sete anos sem correção dos salários. A pauta de reajuste do magistério (funcionários, professores, aposentados, especialistas ativos e inativos) é 33,24%. Os educadores também pautaram as consequências da reforma do ensino médio e apresentaram resultados da #CaravanaDaVerdade que percorreu o estado vistoriando 430 escolas em 160 municípios e vem denunciando o sucateamento da estrutura física do sistema estadual de ensino.